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54 | I Série - Número: 063 | 12 de Março de 2011

Entre as vítimas destes atentados estavam europeus, latino-americanos, asiáticos, africanos, magrebinos.
Podia também haver portugueses. A verdade é que nenhum país ou cidadão está livre de ser vítima destes actos de loucura, porque o terrorismo não tem pátria e qualquer nação serve para deflagrar os seus ataques, como se comprova pelos mais de 50 atentados de grandes repercussões ocorridos em várias partes do mundo, desde o 11 de Setembro, de Moscovo a Bagdad, de Istambul a Jacarta, de Mumbai a Sharm-elSheikh. Há também muitas vítimas europeias nos atentados cometidos fora da Europa. E estes cenários poderiam ter-se repetido, com consequências igualmente dramáticas, na Alemanha, na Suécia, na Dinamarca, na Bélgica ou na Itália, não fossem as diligências daqueles que trabalham discretamente, felizmente, em cada vez maior concertação na Europa e com outras regiões do globo para garantir a nossa segurança.
As nossas sociedades precisam de estar alerta para actos de crueldade bárbara como os que ocorreram em Madrid e em Londres, em que foram escolhidos precisamente transportes públicos para fazer deflagrar as bombas em horas de ponta — comboios, metropolitanos e autocarros, com o objectivo cego de causar o maior dano possível ao maior número de inocentes.
É por isso que esta evocação deve também ser uma condenação de todas as formas de terrorismo, seja de radicais islâmicos, de separatistas, de anarquistas ou de alucinados. Uma condenação firme de qualquer atentado contra a vida humana, de qualquer atentado contra o direito à liberdade e à segurança e contra os valores das nossas sociedades democráticas. Não há qualquer justificação possível para o terrorismo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 103/XI (2.ª) — De saudação pelo VII Dia Europeu em Memória das Vítimas do Terrorismo (CDS-PP).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Passamos, agora, à apreciação conjunta dos votos n.os 104/XI (2.ª) — De saudação pelo Dia Internacional da Mulher (PS), 105/XI (2.ª) — De congratulação pelo centenário da comemoração do Dia Internacional da Mulher (PCP) e 106/XI (2.ª) — De saudação pelo dia 8 de Março, Dia Internacional da Mulher (BE).
Em primeiro lugar, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria Manuela Augusto.

A Sr.ª Maria Manuela Augusto (PS): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Este é um voto pelas mulheres que lutaram e lutam pelo trabalho, pela dignidade, pelo direito ao voto, pela educação, que exigem a liberdade.
Pelas mulheres que estiveram na Praça de Maio, na Praça Tharir, nas ruas de Tripoli, na Revolução de Jasmim, e em todas as outras.
Pelas mulheres a quem a história escondeu os rostos e esqueceu os nomes.
Trata-se de um voto de saudação que é também um voto contra a indiferença, a indiferença por aquelas que, apesar de todas as lutas, ainda não votam, pelas que não vão à escola, pelas que vivem com menos de 1 dólar por dia.
É um voto contra a indiferença pelas mulheres violadas, pelas mulheres usadas como armas em conflitos e genocídios, pelas mulheres sujeitas a todas as formas de violência.
É um voto contra a indiferença pelas mulheres traficadas, pelas mulheres condenadas à lapidação, pelas mulheres assassinadas pelos companheiros ou ex-companheiros.
É um voto contra a indiferença pelas meninas que todos os dias sofrem a indignidade da mutilação genital feminina.
E, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, não obstante, perguntam-nos, invariavelmente, porque teimamos em assinalar este Dia. Fazemo-lo, justamente, contra a indiferença, fazemo-lo pela sua dor, pela visibilidade da sua luta, pelas que resistem à pobreza, ao cansaço, à desvalorização social do seu trabalho, à sua não inclusão nos processos de decisão e nos processos de paz.
Saudamos o Dia Internacional da Mulher, um dia em que, um pouco por todo o mundo, se convoca a memória de tantas mulheres que nunca se conformaram com a menoridade que lhes quiseram impor.
Saudamos essa coragem, a dignidade com que enfrentaram a humilhação e o desprezo pela sua luta.

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