O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

57 | I Série - Número: 063 | 12 de Março de 2011

Caros colegas Deputados e Deputadas, provavelmente, neste mundo em que vivemos, apenas falta experimentar aos homens, para perceberem as efectivas diferenças, uma canção de Zeca Afonso: «Já fui mar, já fui navio / Já fui chalupa escaler / Já fui moço, já sou homem / Só me falta ser mulher (»)«.

Aplausos do PSD, do PS e do BE.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Isabel Galriça Neto.

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Sr. Presidente, Srs. Deputados e Sr.as Deputadas: Vivemos hoje tempos de grandes dificuldades, de angústias e de incertezas para as mulheres do nosso País. Muitas dessas angústias e incertezas têm origem na situação laboral que conhecemos, algumas vezes ignorada, e no que essa situação condiciona as famílias. As mulheres que vivem essa realidade nunca nos serão indiferentes.
Por isso, falar hoje, aqui, do Dia Internacional da Mulher, longe de ser um mero ritual, é para nós, CDS, um privilégio e uma oportunidade.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Oportunidade para celebrar a coragem, o exemplo, o amor, a resiliência, a grandeza de mulheres que nos precederam, de mulheres que hoje vivem connosco, muitas delas ilustres desconhecidas, mas que são verdadeiras heroínas do quotidiano.
Para elas, a nossa gratidão e homenagem!

Aplausos do CDS-PP.

Falar hoje, aqui, do Dia Internacional da Mulher é, para nós, a oportunidade de renovar o compromisso do CDS no sentido de dar um contributo responsável, sério e activo para alterar uma realidade que em muitas cambiantes não nos orgulha.
É a oportunidade de dizer a tantas e tantas mulheres, que infelizmente vivem circunstâncias penosas que não escolheram, que, no limite, têm a enorme liberdade de escolher o que fazer com a sua angústia, a sua indignação e as suas tragédias. Deixar que outros falem ou escolham por elas é escolher ser vítima numa atitude de resignação, que não subscrevemos.
Acreditamos que as mulheres do nosso País, contra ventos, marés e incompetências, saberão fazer essas escolhas, saberão mostrar que são livres, corajosas, grandes e poderosas. Acreditamos que as mulheres portuguesas saberão elevar-se e, com elas, elevar Portugal.
Saibam que não estão sozinhas. Saibam que acreditamos nelas e que temos orgulho no seu valor e no seu mérito. Saibam que o CDS fará a sua parte para estar à altura desse grande desafio: escolher ser livre, apesar das circunstâncias.

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Os Verdes querem saudar o centenário do Dia Internacional da Mulher e, naturalmente, todas as mulheres que lutaram e que lutam pelo seu direito à igualdade e pelos direitos reais da sua geração e das gerações futuras. Sabemos que as mulheres têm uma predisposição natural ou social — não vou discutir isso agora — para pensar nas gerações futuras, o que é extraordinariamente importante.
Hoje, quando estes votos estão ser discutidos, é também extraordinariamente importante que pensemos na realidade concreta e nas verdadeiras dificuldades que as mulheres sentem no nosso País.
Estamos a viver um momento de galope absurdo do desemprego e de fragilização das condições de vida que toca muito directamente as mulheres. Como já aqui foi dito por outras Sr.as Deputadas, as mulheres são as maiores vítimas do desemprego, da precariedade e dos mais baixos salários.

Páginas Relacionadas