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25 | I Série - Número: 064 | 17 de Março de 2011

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Muito bem!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Segunda: isto é o necessário para dar cobro aos juros, cada vez mais insustentáveis, que temos estado a pagar pela emissão da dívida portuguesa? Qual é o reflexo que tem a dificuldade que, neste momento, as empresas públicas sentem em financiar-se? Lembro o caso da REFER, que falhou um financiamento de 500 milhões de euros. É isso? É a necessidade de ter aqui uma folga para acomodar os problemas de financiamento e da escalada dos juros da dívida, bastando ver a emissão de hoje?

O Sr. Pedro Mota Soares (CDS-PP): — Bem lembrado!

A Sr.ª Assunção Cristas (CDS-PP): — Terceira: ou é, afinal, tão-só e apenas, uma confissão implícita de que o cenário macroeconómico previsto pelo Governo não era realista — tal como, aliás, nesta Casa, o CDS bem o disse? Não é realista aos olhos das instituições internacionais e aos olhos dos mercados, e, portanto, muito provavelmente, a economia portuguesa contrairá mais encargos do que aqueles que estavam previstos no Orçamento, daí a razão para, já neste momento, no início do ano, ser necessário ir acomodar, ir buscar mais 1400 milhões de euros, que correspondem a 0,8% do PIB»! Muito agradeço, Sr. Ministro, que, agora, me possa dar uma resposta mais consistente.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Honório Novo.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Ministro de Estado e das Finanças, peço-lhe, em nome desta bancada, que não insista em manipular a questão dos custos dos despedimentos.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Honório Novo (PCP): — O Sr. Ministro quer enganar-nos e, através desta Casa, tentar enganar o País. O Sr. Ministro quer fazer esquecer um elemento central e absolutamente essencial para perceber isto: é que os salários na União Europeia são muito maiores do que os salários em Portugal. O Sr. Ministro pretende esquecer esta questão.
Sr. Ministro, por mais ânimo que o Sr. Deputado Francisco de Assis imponha na sua intervenção, a verdade é que o que aconteceu na sexta-feira mostra que este Governo, o Sr. Ministro e o Sr. PrimeiroMinistro já não governam em Portugal, os senhores vão a despacho ao gabinete da Sr.ª Merkel tratar dos assuntos de Portugal»! Sr. Ministro, apreciei a forma como respondeu ao Deputado Miguel Frasquilho. Percebo que o Sr. Ministro e a bancada do PS estejam a fazer esforços desesperados para voltar a jantar com o Dr. Catroga. Não sei é se desta vez vai ter êxito! Mas não me espanta que isso venha a acontecer! E não me espanta, porque, de facto, o PS e o PSD são as duas faces da mesma «moeda», isto é, são as duas faces da mesma política!!

Aplausos do PCP.

Sr. Ministro, o Governo anda, há meses, a dizer ao País que pretende mudar o Fundo de Estabilidade Europeu, que pretende que este Fundo seja maior e com melhor acesso e que quer aceder a esse Fundo de uma forma mais rápida e flexível. E também anda a tentar enganar os portugueses dizendo que a ajuda deste novo Fundo impede o Fundo Monetário Internacional (FMI) de dar ordens a Portugal. Tem dito isso e ainda hoje o repetiu aqui, neste debate. Tenho de lhe dizer, Sr. Ministro, que isso é falso, é uma enorme mentira política!

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