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9 | I Série - Número: 065 | 18 de Março de 2011

Srs. Deputados, como é possível sustentar um Governo que vai comprometer as políticas económicas, sociais e financeiras do País na Europa sem envolver nesse compromisso o Parlamento, o Presidente da República e os parceiros sociais?

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Muito bem!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E sem as discutir dentro do próprio Governo! Como é possível que os próprios ministros não disfarcem a sua incomodidade por não terem sido informados do conteúdo das medidas e as terem discutido três dias após a sua apresentação? Como é possível tamanho desnorte e tamanha desorientação?

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Portugal precisa de confiança, mas não há confiança sem verdade e sem transparência.
Ainda esta semana se demitiu um membro da comissão que está a avaliar as parcerias público-privadas, porque o Governo está a sonegar informação. A execução orçamental é anunciada cirúrgica, parcelar e oficiosamente. O Primeiro-Ministro dá uma entrevista e em vez de motivar o País, em vez de explicar o caminho que quer seguir, em vez de dar esperança aos desempregados, aos agentes económicos, às famílias, entretém-se a combater o PSD e denota um apego ao poder que chega a ser doentio. Vale tudo só para continuar a ser Primeiro-Ministro!

Aplausos do PSD.

E afirma que ou a oposição aceita mais austeridade ou é necessária a ajuda externa.

O Sr. Manuel Mota (PS): — É verdade!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Mas não diz que as medidas que preconiza são apenas a preparação dessa ajuda a que quer recorrer através do Fundo de Estabilização Europeu, que tem a parceria do FMI. E os Deputados do Partido Socialista o que é que fazem? Batem palmas e hesitam se devem ou não colocar à votação as intenções do Governo.

Protestos do PS.

Que desnorte Srs. Deputados! Que coragem, Srs. Deputados!» É por estas e por outras que, se é verdade que o País precisa de confiança, os portugueses já não confiam neste Governo.

Protestos do PS.

O Sr. Primeiro-Ministro raptou o futuro e desbaratou a confiança do País e quer agora exigir que o PSD pague o resgate.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: O futuro do País não merece um Governo emaranhado numa espiral de sucessivos erros e falhanços e não resiste às consequências que desses falhanços advêm para os próximos anos. Enganar o País é grave; chantagear o País só para manter o poder é inaceitável.

Protestos do PS.

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