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35 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011

Protestos do PS.

A situação é verdadeiramente complexa, mas não é nova. Não é de hoje, de ontem ou de há 15 dias.
A crise política de que hoje tanto se fala não resulta de qualquer facto recente, porque há muito que o País se vem arrastando penosamente numa crise política que dura há tantos meses quantos os que tem este segundo Governo socialista.

Aplausos do PSD.

O que tem variado tem sido a forma como essa crise se tem manifestado e que diverge consoante os meios que o Governo tem escolhido para enganar os portugueses.

Aplausos do PSD.

Desta vez, escolheu encerrar-se numa torre de arrogância e de desprezo democrático para extremar, a sangue frio, a crise política.
Considero, por isso, Srs. Deputados, absolutamente inútil, neste momento, analisar se esta última actuação foi táctica, se foi estratégica, ou se foi inconsciência.
É bom lembrar que este Primeiro-Ministro está em funções há cerca de seis anos — e devo dizer que, quando ouvi o Sr. Ministro das Finanças falar, tive algumas dúvidas nos cálculos que tinha feito, porque parecia que tinha chegado apenas há seis semanas — e que, ao longo destes últimos anos, quanto mais se degradava a realidade, mais o Primeiro-Ministro se empenhava em ocultá-la aos portugueses, recorrendo sempre a um discurso manipulador, mascarado de optimismo e que impediu a mobilização dos portugueses para reagirem a um estado de emergência.

Aplausos do PSD.

E não só impediu essa mobilização, como minou a confiança em todos os sectores da vida nacional, enfraqueceu as instituições e conduziu a uma desagregação social que só não é mais dramática graças aos laços de solidariedade que se têm gerado na sociedade civil.
Sabemos — e não esquecemos — que este Primeiro-Ministro foi legitimado por eleições que o conduziram ao poder, mas também sabemos que essas eleições foram, sem dúvida, um êxito de marketing político,»

Vozes do PS: — Oh!

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — » que se desmascarou, impiedosamente, no dia em que o Primeiro-Ministro foi obrigado pelas instâncias europeias a fazer tudo ao contrário do que tinha anunciado.

Aplausos do PSD.

Apesar disso, e atendendo à gravidade da situação do País, o PSD não deixou de apoiar os sucessivos pacotes de medidas que o Governo foi apresentando nos últimos meses.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Bem lembrado!

A Sr.ª Manuela Ferreira Leite (PSD): — Fê-lo na expectativa de que isso contribuísse para a criação da confiança interna e externa que todos sabemos ser factor determinante para alterar a forma como as instâncias internacionais nos encaram.
Infelizmente, de nada serviu este esforço patriótico do PSD. É que nem assim, nem com este esforço patriótico do PSD, o Governo se sentiu comprometido, nem assim se sentiu na obrigação moral de agir com

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