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64 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011

direita, uma profunda mudança na vida política nacional que abra caminho a uma política patriótica e de esquerda, com um governo capaz de a concretizar.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Para o PCP, Portugal não está condenado ao atraso nem à perda de soberania; Portugal não é um País pobre. Aproveitem-se as potencialidades nacionais, com a promoção do aparelho produtivo e da produção nacional, factor essencial para criar mais emprego; o reforço do investimento público; o alargamento dos serviços; o fim das privatizações e a recuperação pelo Estado do controlo estratégico da economia; a reforma do sistema fiscal; uma outra repartição da riqueza que valorize os salários e as pensões; a recuperação da soberania económica, orçamental e monetária.
Mesmo em relação à nossa dívida é produzindo mais que deveremos menos, não é pedindo cada vez mais emprestado, a juros insuportáveis, que saímos da crise em que nos encontramos.

Aplausos do PCP.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo: O que é preciso ver mais para concluir que esta política de direita está esgotada, que a dança de alternância já cansa e que, juntos ou separados, procurarão tão-só salvar a política de direita? Apesar da subestimação que alguns fazem, dos anseios, da indignação, do protesto e da luta manifestadas tão clara e amplamente pelo povo português, estamos certos que é ele que tem sempre a última palavra e o poder de decidir. Mais tarde ou mais cedo, acabará por decidir bem, procurará uma vida melhor, para as suas vidas, para um Portugal de progresso, desenvolvido e democrático.

Aplausos do PCP, de pé.

O Sr. Presidente: — Sr.as e Srs. Deputados, a Mesa cumprimenta a Sr.ª Deputada Maria José Nogueira Pinto pelo seu aniversário e também aproveita para lhe dizer que, neste dia especial, estamos todos consigo.

Aplausos gerais.

Tem a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado José Manuel Pureza.

O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, Srs. Membros do Governo, dissemos com clareza, ao longo deste debate, o que deve ser dito: que não é por se abrir uma crise política que o FMI virá, é porque as políticas do FMI nos governam cada vez mais, PEC após PEC, que se abre uma crise política.
Bem pode o Sr. Primeiro-Ministro clamar inflamadamente que com ele como homem do leme o combate contra a intervenção externa na nossa economia seria sem tréguas. A verdade é que, PEC após PEC, o Governo há muito que não é mais do que um zeloso aplicador local da receita europeia da economia do abismo, e essa receita não é outra senão a de um FMI a prestações — aliás, nada suaves! — para o País.
E bem pode a direita clamar que a vinda do FMI se deve apenas ao Governo; a verdade é que a direita sempre quis a vinda do FMI para se desobrigar do trabalho sujo de aplicar o programa que sempre foi o seu.
Eis-nos pois, Sr.as e Srs. Deputados, numa crise política que não é senão o resultado da convergência de desresponsabilizações entre o PS e o PSD. Nenhum dos dois partidos que se irmanaram no PEC 1, no PEC 2I e no PEC 3, que foi o Orçamento do Estado, quer agora assumir perante o País que as políticas que adoptaram foram, desde o início, a antecâmara da governação efectiva pelo FMI.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Muito bem!

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