O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

72 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011

O Governo apresentou soluções, soluções que sabemos, de antemão, serem difíceis, soluções que decorrem de um conjunto de circunstâncias políticas e económicas.
Tal como nós não escolhemos a crise, também não escolhemos a Europa em que vivemos. Procuramos contribuir, todos os dias, para a mudar um pouco no sentido das nossas orientações, mas temos de conviver com outros governos, de outros países, de outras famílias políticas, com outras perspectivas, e temos procurado fazê-lo numa altura crucial do processo europeu, o que também aqui foi ignorado em absoluto pelos partidos da oposição.
A Europa está num processo de reformulação, está prestes a dotar-se de um governo económico, o que configura uma das suas mais relevantes alterações institucionais dos últimos anos e que, pelo menos, deveria levar os partidos que até aqui estiveram connosco no chamado consenso europeu a terem mais cuidado com os comportamentos irresponsáveis que estão agora a adoptar.

Aplausos do PS.

O Governo fez o que deveria ter feito! O Governo fez o que o País exigia! O Governo fez o que o interesse nacional indubitavelmente reclamava! E fê-lo — porque esta é uma marca da acção dos governos do Partido Socialista — sem olhar a eventuais prejuízos eleitorais, sem olhar a eventuais situações em que houvesse algum descontentamento popular. Tomou as medidas que se impunham, tomou, no momento próprio, as medidas que entendia que concorriam para resolver os problemas com que nos confrontamos.
E como se comportaram as oposições? Como foi bem evidente neste debate: as oposições à nossa esquerda, prisioneiras de uma coerência da intransigência, que não é mais do que um sectarismo que as torna inúteis do ponto de vista de um contributo sério para uma governação de esquerda em Portugal,»

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sempre a mesma conversa!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — » fecharam-se na sua posição tradicional: estão contra — estão contra a Europa, estão contra o mercado, estão contra o mundo, verdadeiramente, estão contra qualquer solução realista!! Serão coerentes, mas é uma coerência sem grande mérito!

Aplausos do PS.

Serão coerentes, mas é uma coerência sem grande mérito porque é uma coerência sem grande utilidade, e dessa coerência sem utilidade também terão de responder, um dia, perante o povo de esquerda em Portugal.

Aplausos do PS.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O melhor é preocupar-se primeiro consigo!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — E à direita, com que é que nos confrontamos? À direita, confrontamonos com um partido, o PSD, que verdadeiramente aqui veio dizer que não tem nenhuma solução, nenhuma proposta, nenhuma medida.
É porque, ao longo dos últimos dias, o que o PSD disse foram três coisas muito simples: primeiro, que está de acordo com a necessidade de reduzir o défice orçamental para os valores acordados com Bruxelas; segundo, que está de acordo com a necessidade de elaborarmos um programa detalhado de medidas e de reformas estruturais para garantir a concretização destes objectivos; e,»

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Já estava feito!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — » terceiro, que está de acordo em que, dentro de dias, teremos de apresentar este programa em Bruxelas.
Quanto ao resto, quanto ao conteúdo da questão, o PSD não disse absolutamente nada! Aliás, a Sr.ª Deputada Manuela Ferreira Leite, na sua intervenção, teve mesmo um momento paradigmático, em que disse:

Páginas Relacionadas
Página 0078:
78 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011 Passamos à votação do ponto B. Subme
Pág.Página 78