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65 | I Série - Número: 069 | 26 de Março de 2011

Compreendemos que o Partido Comunista esteja contra as Nações Unidas.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Exactamente!

O Sr. José Luís Arnaut (PSD): — Compreendemos que o Partido Comunista não queira respeitar aquela que foi uma decisão de um organismo internacional, uma intervenção apoiada pelo órgão internacional com legitimidade para o fazer, o Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Com este voto, o Partido Comunista vem agora dizer-nos que está contra as Nações Unidas, que está contra a comunidade internacional, que está contra a liberdade de um povo que deseja e aspira à liberdade!

Protestos do PCP.

É por tudo isto que o PSD, que respeita o direito internacional, respeita aqueles que merecem e querem ter acesso à liberdade, todos aqueles não merecem o nosso repúdio mas merecem, a esta hora, a nossa solidariedade, vai votar contra esta resolução.

Aplausos do PSD.

O Sr. António Filipe (PCP): — Só patetices!

O Sr. Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado José Ribeiro e Castro.

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o PCP não deixa de ter alguma razão ao apontar e ao criticar um excesso de familiaridade recente com Kadhafi por parte do Governo, que reprovamos. Não esquecemos as seriíssimas responsabilidades de Kadhafi em actos de terrorismo internacional.
Porém, para dizer com franqueza, há uma coisa que me custa compreender no PCP. É que dá ideia de que, em matéria de política internacional, parou em 1989. Muitas vezes, em matéria de política externa, segue a política da velha União Soviética ou do PCUS (Partido Comunista da União Soviética).

Protestos do PCP.

Ao ler o texto, onde se refere a Resolução 1973, do Conselho de Segurança das Nações Unidas, ficámos com dúvidas se era mesmo a Resolução 1973 ou se estariam a pensar num texto de 1973.

Protestos do PCP.

Com as facilidades que temos aqui, não tive dificuldade em encontrar rapidamente, na Internet, uma fotografia de Kadhafi com outros cavalheiros do seu tempo: Brejnev, Kosygin, Podgorny, Gromyko — estão aqui todos os amigos!

Aplausos do CDS-PP.

Ninguém pode esquecer que Kadhafi estabeleceu logo, depois de derrubar o regime do Rei Idris, uma aliança com a União Soviética, de que foi sempre, até ao fim, um fiel aliado e instrumento. Talvez por isso esta resolução seja um eco dessa voz neste Plenário e é por isso que votamos contra ela.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O senhor é que está parado no tempo!

O Sr. José Ribeiro e Castro (CDS-PP): — O CDS tem observações e preocupações face à evolução deste processo e tenho algumas reservas. Mas não pode haver dúvidas quanto ao lado de que estamos.
Estamos do lado dos mortos, dos estropiados, por um ditador infame que bombardeou o seu povo.

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