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34 | I Série - Número: 072 | 7 de Abril de 2011

O Prémio Pritzker vem fazer jus a uma carreira de 30 anos, que se iniciou em 1974/75 e que, a partir de 1980, como bem diz o júri do Prémio, «produziu um trabalho que é do nosso tempo, mas também carrega os ecos das tradições da arquitectura», revelando os edifícios de Souto de Moura a «capacidade única de transformar características contraditórias — poder e modéstia, bravura e subtileza, autoridade pública e sentido de intimidade».
Dispenso-me, naturalmente, porque ocuparia muito tempo, de enumerar o conjunto de obras e de países onde Souto de Moura trabalhou e continua a trabalhar. Todos os conhecemos e importa que não nos esqueçamos deste vasto conjunto de obras e projectos Também é dispensável enumerar o conjunto de prémios com que Souto de Moura já foi distinguido, embora não recuse a referência expressa a dois: primeiro, o que recebeu, ainda com menos de 30 anos, para premiar aquela que é considerada a «sua» Casa das Artes e, segundo, não o mais recente mas aquele que é, porventura, o prémio mais conhecido do arquitecto Souto de Moura, o atribuído pela construção do Estádio do Sporting Clube de Braga.
A atribuição do Prémio Pritzker ao arquitecto Souto de Moura constitui um acontecimento memorável para a arquitectura portuguesa e, também, um estímulo para o País, que merece ser sublinhado e enaltecido pela Assembleia da República.
Por isso, esta Casa, hoje reunida na sua última sessão plenária, consciente de que esta distinção constitui um importante contributo para a projecção mundial da cultura portuguesa, não pode deixar de exprimir a sua congratulação e o seu júbilo por esta distinção atribuída ao arquitecto Souto de Moura, felicitando-o vivamente nesta ocasião.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos votar o voto n.º 117/XI (2.ª) — De congratulação pela atribuição do Prémio Pritzker ao arquitecto Eduardo Souto de Moura (PCP).

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

É o seguinte:

Eduardo Souto de Moura vai receber em Junho o mais prestigiado prémio da arquitectura mundial, o Prémio Priztker, atribuído pela Fundação Hyatt, uma distinção conferida com o objectivo de «sensibilizar a opinião pública para a arquitectura e estimular a criatividade».
A importância única desta distinção, agora justamente atribuída ao arquitecto Souto de Moura, é tão reconhecida e relevante que o Prémio Pritzker é consensualmente considerado como o «prémio nobel da arquitectura».
Eduardo Souto de Moura junta-se, 19 anos depois, a Álvaro Siza Vieira, discípulo e mestre de uma Escola de Arquitectura nascida no Porto que hoje é uma bandeira de cultura, de inovação e de criatividade em todo o mundo.
O Prémio Pritker vem fazer jus a uma carreira de 30 anos que se iniciou em 1974/75, com Noé Dinis e Siza Vieira, e que, a partir de 1980, como bem diz o júri do Prémio Pritzker, «produziu um trabalho que é do nosso tempo mas também carrega os ecos das tradições da arquitectura», revelando os seus edifícios a «capacidade única de transformar características contraditórias — poder e modéstia, bravura e subtileza, autoridade pública e sentido de intimidade».
Com projectos na Alemanha, na Bélgica, em Espanha, na Itália, no Reino Unido e na Suíça, a sua obra em Portugal é testemunho e referência do «rigor e da precisão» da sua arquitectura. A recuperação do Convento de Santa Maria do Bouro (em Amares) e do Museu Grão Vasco (em Viseu), a Casa das Histórias — Museu Paula Rego (em Cascais), o monumental Estádio do S. C. de Braga, o Centro de Arte Contemporânea (em Bragança), a Marginal de Matosinhos-Sul, a Casa da Quinta do Lago (no Algarve), o Metro do Porto, o Coliseu (em Viana do Castelo), a Torre do Burgo ou a Casa do Cinema de Manoel de Oliveira (ambas no Porto) são alguns dos exemplos de uma carreira ímpar que o mundo da arquitectura já reconhecera e que o Prémio Pritzker veio agora, naturalmente, consagrar.

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