I SÉRIE — NÚMERO 4
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Aplausos do PSD e do CDS-PP.
O Grupo Parlamentar do PSD continuará a conduzir-se de forma a não inviabilizar os consensos que o
futuro há-de proporcionar.
Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as
e Srs. Deputados: O trabalho que
nos espera é imenso, mas a nossa história, a capacidade das nossas gentes é ainda maior. Esta geração de
governantes, esta geração de parlamentares, tem uma missão histórica: tem de ser inovadora, tem de rasgar
preconceitos, tem de ter uma nova atitude, tem de ter uma veia de modernidade.
É verdade que não podemos falhar. Não podemos falhar com as pessoas, não podemos falhar com os
nossos parceiros internacionais, mas, sobretudo, não podermos falhar com as gerações vindouras.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Nós, todos nós, não podemos falhar com os nossos filhos, nem com os
seus descendentes.
Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Sr.as
e Srs. Deputados: É um imperativo de justiça e é um imperativo de solidariedade. E nós vamos ser
justos, nós vamos ser solidários.
Aplausos do PSD, de pé, e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para concluir a sessão de encerramento, vou dar a palavra ao Sr. Ministro de Estado
e dos Negócios Estrangeiros para uma intervenção.
Faça favor, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros (Paulo Portas): — Sr.ª Presidente, Sr.as
e Srs.
Deputados: Uma primeira palavra para cumprimentar a nova Presidente da Assembleia da República. É
indiscutível que a sua eleição significa que, pela primeira vez, uma mulher preside à Casa da democracia em
Portugal. O que de melhor se pode esperar é que o facto, deixando de ser inédito, se torne normal, como é
próprio de uma sociedade aberta e moderna.
Vozes do CDS-PP: — Muito bem!
O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — Cumprimento-a, Sr.ª Presidente, por ser
quem é, pelo mérito que tem e que é seu.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — A outra saudação que quero dirigir é a todos
as Sr.as
e Srs. Deputados eleitos.
Ao longo dos últimos anos estive sentado naquele lado, exercendo funções na oposição. Aprendi a
respeitar todos, começando por aqueles que pensam de forma diferente. É habitual no nosso País falar-se, às
vezes com precipitação, em sentido do Estado, quando alguém se senta na bancada do Governo. Ora, o
sentido de Estado, para mais na situação em que Portugal se encontra, não é reservado a um só órgão de
soberania; começa, aliás, nesta Casa, onde ganha expressão o voto dos portugueses.
O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — Muito bem!