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21 DE JULHO DE 2011

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Sr. Deputado, com a intervenção que fez, parece que se mantém esta posição do Partido Socialista. Por

isso perguntava-lhe se, nos dias que vivemos e com as opções que temos à nossa disposição, concorda ou

não com a opção deste Governo de dirigir e concentrar os seus esforços no integral cumprimento do Programa

de Assistência Financeira a Portugal, o Programa negociado especificamente com Portugal e para a crise que

Portugal enfrenta.

Considera o Partido Socialista, ou não, que é possível pagar o que devemos, sanear as nossas contas

públicas e pôr o País a crescer economicamente, através do cumprimento deste Programa de Assistência

Financeira a Portugal?

Por fim, concorda o Partido Socialista com a importância — aliás, expressa pelo Ministro de Estado e dos

Negócios Estrangeiros, em Bruxelas — de que, neste contexto, nesta conjuntura e nos dias em que vivemos,

Portugal seja visto, necessariamente, como um País que cumpre, como um caso que corre bem, como um

Estado que honra os seus compromissos?

Aplausos do CDS-PP e do PSD.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Medina.

O Sr. Fernando Medina (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Adolfo Mesquita Nunes, o tema da

reestruturação da dívida surgiu na campanha eleitoral em Portugal não por qualquer razão económica nem por

qualquer resposta às dificuldades no nosso País mas, simplesmente, com um objectivo político: era a resposta

simplista para as dificuldades com que estávamos confrontados, porque a factura não seria dos portugueses,

a factura seria de uns quaisquer credores estrangeiros.

É assim que o tema surge, é assim que o tema nasce e é assim que o tema tem sido alimentado pela

extrema-esquerda no nosso País.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — São só disparates!

O Sr. Fernando Medina (PS): — Sobre esta realidade, mantemo-nos exactamente na linha que

defendemos:…

O Sr. Honório Novo (PCP): — O Sr. Deputado já não está no Governo! Esse tempo já passou, já era!…

O Sr. Fernando Medina (PS): — … a da responsabilidade relativamente ao cumprimento da nossa dívida,

da sustentabilidade que a nossa dívida pública externa ainda mantém, da solvabilidade do nosso País.

É óbvio que a liderança da bancada do Partido Socialista e o Partido Socialista têm sido inequívocos

relativamente ao cumprimento do acordo com a tróica. Mas há um ponto em que nos distanciamos claramente

da direita, e esse ponto é sobre a análise da situação e a análise da resposta.

O cumprimento integral do acordo estabelecido com a tróica não é, nem nunca foi, condição suficiente para

a normalização da situação económica no nosso País.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Fernando Medina (PS): — É este o erro fundador da direita em Portugal. Entendo mal que o tenha

usado na campanha eleitoral e não entendo, de todo, que o use agora e se recuse a aceitar esta realidade,

isto é, que a crise que vivemos é uma crise sistémica da zona euro desde o início, porque só assim tem

explicação o facto de países passarem de ratings próximos dos da Alemanha a ratings inferiores ao do

Paquistão no prazo de um ano, quando as condições estruturais de qualquer um dos países em nada

justificam esta realidade.

Aplausos do PS.

Resultados do mesmo Diário
Página 0001:
/XII (1.ª) — Pela renegociação da dívida pública e pelo desenvolvimento da produção nacional (PCP
Pág.Página 1
Página 0007:
, 3/XII (1.ª) — Define condições para a renegociação urgente da dívida pública (BE), que baixou à 5.ª
Pág.Página 7
Página 0010:
, o PCP avançou com a proposta da renegociação da dívida pública: uma resposta patriótica
Pág.Página 10
Página 0011:
. Srs. Deputados, o caminho da renegociação da dívida pública não é, certamente, uma solução fácil
Pág.Página 11
Página 0013:
. Essas são razões fortes para uma reflexão séria sobre o projecto de resolução «Pela renegociação da dívida
Pág.Página 13
Página 0015:
outro, terá de ser um caminho que passe pela renegociação da dívida, que passe por estender
Pág.Página 15
Página 0016:
Deputada Hortense Martins acusa o PCP de, com a renegociação, querer conduzir o País à lista
Pág.Página 16
Página 0018:
em generalidades ou prometendo soluções fáceis e aludindo a cenários irrealistas de renegociação imediata
Pág.Página 18
Página 0020:
, porquanto, a concretizarem-se os termos de renegociação da dívida, parece evidente que as empresas
Pág.Página 20
Página 0022:
de renegociação da dívida, que o PCP apresenta desde 5 de Abril. Dizem os senhores, em síntese: renegociar
Pág.Página 22
Página 0026:
a primeira vez que o PCP fala do tema da renegociação da dívida. Ele foi, aliás, um dos temas da campanha
Pág.Página 26
Página 0031:
e de efeitos, também eles, conhecidos, e ainda — pasme-se — emissão de dívida pública para o retalho
Pág.Página 31
Página 0032:
, a renegociação da dívida, levantou-se um coro de protestos por parte do PSD, do CDS-PP e também do PS
Pág.Página 32
Página 0033:
a renegociação das dívidas públicas das economias mais débeis da zona euro está nos custos
Pág.Página 33
Página 0034:
a renegociação da dívida tem assumido em Portugal, e principalmente na Europa, vemos que, no fundo
Pág.Página 34
Página 0035:
que passa pela renegociação da dívida pública e pela implementação de políticas
Pág.Página 35
Página 0037:
, a Alemanha obteve dos seus credores — através de uma renegociação da dívida — a possibilidade
Pág.Página 37
Página 0038:
que esta frase o possa inspirar num próximo debate sobre a renegociação da dívida. Aplausos do PCP
Pág.Página 38
Página 0039:
erguida, que agora pode definir as condições da renegociação da dívida, em vez de aproveitarem
Pág.Página 39