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23 DE JULHO DE 2011

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O Sr. João Pinho Almeida (CDS-PP): — Portanto, apesar de contrariar — e assumimo-lo — aquilo que

consideramos que é um caminho certo, pensamos que, neste momento, a prudência justifica a tomada desta

medida.

É por isso que consideramos que os argumentos usados — diferentes, é certo —, nesta Câmara, pelos

diferentes partidos da oposição não colhem. Desde logo, não colhe a argumentação mais à esquerda de que

quem paga esta medida são os mais pobres e que os ricos não pagam.

Protestos do Deputado do PCP Honório Novo.

Os gráficos comprovam, mas não é preciso ter gráficos. Há dados concretos que qualquer pessoa percebe.

Se 80% dos pensionistas não pagam, se 65% dos agregados familiares não pagam e se até há uma

ponderação adicional por cada filho para que as famílias com mais filhos paguem ainda menos, é porque há

uma ponderação social e, obviamente, toda essa argumentação não colhe.

Aplausos do CDS-PP.

Protestos do PCP.

Por outro lado, há outro tipo de argumentação, a do Partido Socialista. Devo dizer que há uma qualidade

que reconheço nessa argumentação, que é a coerência. Podendo esperar-se que o PS, saindo do governo e

passando para a oposição, passaria a ter uma atitude diferente, a verdade é que não tem, devo reconhecê-lo.

O PS, no governo, achava que cada dia é que era o dia importante, o que interessava era o telejornal das 20

horas desse dia e, portanto, desvalorizava-se tudo o que estivesse à volta.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho Almeida (CDS-PP): — Desvalorizava-se o impacto de qualquer decisão ou de qualquer

omissão para além desse mesmo dia. Pois é exactamente o que pensa agora: «Medidas prudentes para quê?

Não é preciso!».

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Exactamente!

O Sr. João Pinho Almeida (CDS-PP): — Nós olhamos para o dia de hoje e dizem-nos que não é preciso.

Se calhar, daqui a seis meses estamos outra vez…

O Sr. Ministro disse aqui, e bem, que acabou o tempo do PEC em PEC. Mas acabou também outro tempo,

que era o tempo do Partido Socialista, do debate em debate, do anúncio em anúncio, da ilusão em ilusão, tudo

isso terminou.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. João Pinho Almeida (CDS-PP): — De facto, pode custar mais fazer o debate com os pés assentes

na terra e com base na prudência. Efectivamente, é um debate menos espectacular, mas é um debate muito

mais útil ao País.

É por isso, e pela responsabilidade que o Partido Socialista tem no caminho que temos de fazer a partir

daqui, que é fundamental convocar o Partido Socialista para este debate.

É verdade que temos de ir para além da tróica, porque, como já dissemos, há um caminho de reforma do

País e de crescimento que deve ser partilhado pelo máximo de forças políticas possível, porque só

conseguimos reformar efectivamente o País se conseguirmos construir esses consensos.

Assim, é muito mais importante que, neste momento, percebamos a responsabilidade de cada um. Por

isso, era bom que o Partido Socialista percebesse também a sua responsabilidade, que abandonasse essa

lógica de se recusar a analisar as coisas de uma forma muito mais ampla do que aquilo que faz, se recusasse

a ver cada dia como o último dia de uma vida e que percebesse que para termos um projecto nacional de

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