29 DE JULHO DE 2011
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Aplausos do CDS-PP.
Reconhecemos, Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, os compromissos que, nas áreas económica e
financeira, outros assumiram em nosso nome, nomeadamente quanto às dívidas que teremos de ser nós a
pagar. Percebemos que temos 30 ou mais anos de uma pesada herança, que temos de a limpar, e não
queremos que essa política económica e financeira continue. Defendemos uma política orçamental com limites
constitucionais ao défice e à dívida para que as futuras gerações nunca tenham de dizer-nos que gastámos
em seu nome e que empenhámos o seu futuro, que é como, às vezes, infelizmente, nos sentimos.
É por isso, Srs. Deputados, que estamos confiantes neste Governo, um Governo que já mostrou o
compromisso com a exigência na educação ao introduzir os exames nacionais no final de cada ciclo, que já
mostrou o compromisso com a qualidade ao reforçar o peso do Português e da Matemática, como no passado
sempre reclamámos, para que os jovens de hoje possam estar mais bem preparados para o futuro e tomar
esse futuro nas suas próprias mãos.
Na área do trabalho, haverá, este ano, mais uma oportunidade para quem está contratado a termo. Como
as empresas estão a sofrer com a crise, como todos os portugueses, sabemos que esta oportunidade pode
significar uma continuidade no emprego — num emprego estável — para muitos que, noutras circunstâncias,
estariam expostos aos recibos verdes ou mesmo ao desemprego. Valorizamos esta oportunidade dada às
empresas e aos contratados e não nos esquecemos que, afinal, são os jovens que estão mais expostos à
rigidez no mercado de trabalho e que, por isso, muitas vezes, menos oportunidades têm.
Por fim, os cortes na despesa do Estado hoje anunciados são por nós muito bem-vindos.
O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Muito bem!
O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — O Estado tem de ser exigente e cuidadoso na sua despesa. Auto-
estradas, TGV, uma Administração Pública cheia de interesses e de interessados têm de ser políticas que
fazem parte do passado. O Governo deve, antes, preocupar-se em gastar onde é preciso e onde a sociedade
civil e o mundo económico não se lhe podem substituir e em deixar para as empresas e para a sociedade
aquilo em que elas são melhores. Menos despesa e, no futuro, menos dívida são, para nós, condições sine
qua non para um futuro melhor, mais livre, para um futuro como desejamos.
Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Tudo isto são, para nós, políticas de juventude. Não vivemos acantonados
naqueles que vêem a juventude apenas como uma espécie de sucedâneo do Instituto Português da
Juventude, da Movijovem e das pousadas. Para nós, emprego, educação e finanças são questões que dizem
respeito aos jovens de hoje.
Estaremos aqui, nesta Assembleia, e junto de todos os jovens, atentos ao desenvolvimento destas e de
outras matérias, mas reiteramos aqui, hoje, a confiança de que Portugal, com este Governo, terá, com certeza,
um futuro melhor.
Aplausos do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Duarte Filipe Marques.
O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, queria aproveitar esta
oportunidade para relembrar o trabalho e o desempenho que o nosso colega Deputado Michael Seufert fez à
frente da Juventude Popular.
Sr. Deputado, neste momento, em que terminou o seu mandato nesta organização, não deixarei de
recordar e de reconhecer a lealdade e o espírito construtivo que, ao longo dos últimos tempos, colocou à
frente da estrutura a que presidiu e que liderou. Não posso esquecer-me dos combates que travámos contra
aqueles que expulsaram os jovens das universidades, contra aqueles que cortaram as bolsas da acção social
escolar, contra aqueles que diminuíram as bolsas da acção social escolar.
Aplausos do PSD.