O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

6 DE AGOSTO DE 2011

33

Todos nos recordamos do que aconteceu em 2009, de como um défice inicial de 2,9% acabou num défice

final de 9,4%! Todos nos recordamos do que se passou em 2010, em que, mais uma vez, depois de um défice

anunciado, ele foi sucessivamente revisto em alta, mesmo após medidas adicionais também sucessivas!

Esse tempo acabou, Srs. Deputados. Neste momento, queremos dizer sempre a verdade aos portugueses.

Desde o início, as pessoas sabem que o que estamos a propor é o necessário para atingir as metas sem

qualquer surpresa.

A Sr.ª Presidente: — Queira fazer o favor de terminar, Sr. Deputado.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Termino já, Sr.ª Presidente.

Esperávamos aqui o mesmo sentido de responsabilidade que o PSD demonstrou durante os últimos anos,

mesmo quando o PS não tinha maioria absoluta, em que nos comprometemos e subscrevemos muitas

posições com as quais nem sequer concordávamos, porque era o interesse nacional que nos guiava. Mas o

PS, na primeira hipótese, descarta-se do interesse nacional e coloca o seu interesse partidário e populista

acima de tudo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Medina.

O Sr. Fernando Medina (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Duarte Pacheco, gostava de agradecer as

palavras que proferiu relativamente ao reconhecimento do trabalho conjunto realizado em comissão. Também

saudamos essa postura por parte do PSD.

No entanto, queria dizer com muita clareza o seguinte: afirmou o Sr. Deputado que, hoje, a maioria

comporta-se de forma diferente perante a realidade do País. Mas pena foi que assim não tivesse feito no

passado,…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Fernando Medina (PS): — … porque, se o PSD tivesse feito parte das soluções até há muito pouco

tempo, teria poupado muito ao País.

Aplausos do PS.

O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Ainda mais?!

O Sr. Fernando Medina (PS): — Sr. Deputado, relativamente ao imposto que aqui é anunciado e às

restantes votações, julgo que ficou muito clara a posição do Partido Socialista. A maioria não necessitava

rigorosamente para nada dos votos do Partido Socialista para aprovar qualquer diploma. Nenhum.

No entanto, aprovamos o Orçamento rectificativo. Nem sequer nos abstemos, aprovamos o Orçamento

rectificativo. E não nos limitamos a uma aprovação de circunstância. Assistiu-se, durante todo este debate no

Parlamento, à defesa activa do Orçamento rectificativo por parte dos Deputados do Partido Socialista, no

Plenário e na Comissão. Porquê? Porque é o que serve o interesse nacional.

Aplausos do PS.

Relativamente ao imposto, a situação é diferente. O imposto é introduzido poucos dias depois de o PSD ter

ganho uma campanha eleitoral a dizer que não eram necessários mais sacrifícios aos portugueses, porque

tudo se resolveria cortando num Estado gordo.

Mais: há poucas semanas, Deputados da sua bancada, alguns hoje no Governo, apresentavam listas

concretas tão precisas e tão simples sobre como cortar, e só os maus do governo socialista é que queriam

prejudicar as pessoas e não cortar no Estado!

Páginas Relacionadas
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 12 38 Os Srs. Deputados que, por qualquer razão, não
Pág.Página 38