I SÉRIE — NÚMERO 29
42
Protestos do PCP.
O que interessa, Sr.ª Deputada,…
O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr.ª Deputada Teresa Caeiro, tem de concluir.
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — … é que os utentes não sejam prejudicados e, ao contrário dos
senhores, nós nunca estaremos dispostos a prejudicar um doente que seja por questões de preconceito
ideológico.
A Sr.ª Isabel Galriça Neto (CDS-PP): — Muito bem!
A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Para isso, não contem nunca connosco!
Aplausos do CDS-PP e do PSD.
O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — Quem ouviu o CDS… Já teve melhores dias!
O Sr. Presidente (António Filipe): — A Sr.ª Deputada Rita Rato inscreveu-se para pedir esclarecimentos,
mas a Sr.ª Deputada Teresa Caeiro não dispõe de tempo para responder.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr. Presidente, então, inscrevo-me para uma intervenção.
O Sr. António Serrano (PS): — Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. António Serrano (PS): — Sr. Presidente, ao abrigo do artigo 83.º do Regimento, pretendo fazer um
protesto.
O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, creio que é ao abrigo do artigo 85.º do Regimento.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Mas não dispõe de tempo!
O Sr. Presidente (António Filipe): — De facto, o seu pedido é regimental mas para o fazer o Partido
Socialista teria de dispor de tempo. Apenas as defesas da honra da bancada é que não são imputadas ao
tempo da respectiva bancada.
O Sr. João Oliveira (PCP): — Pois, já passou o tempo do PS!
O Sr. Presidente (António Filipe): — Assim sendo, tem a palavra, para uma intervenção, a Sr.ª Deputada
Rita Rato.
A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: O PCP decidiu
agendar esta interpelação sobre a política de saúde e ouviu um discurso muito ligeiro sobre filmes alemães,
histórias anticomunistas, preconceitos anticomunistas primários, primários, primários…, mas, na prática, todo
este discurso não consegue esconder a dureza e as medidas muito negativas desta política de saúde e da
realidade que o País atravessa.
O Partido Socialista critica agora o Governo por fazer o que, na prática, tinha deixado por fazer. Entre PS,
PSD e CDS existe uma contradição insanável: assinaram um pacto de agressão ao País que quer destruir o
Serviço Nacional de Saúde, que quer acabar com a vida dos portugueses, e, agora, vêm aqui falar como se