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I SÉRIE — NÚMERO 31

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alternativa o caminho do crescimento económico, apoiando o sector exportador, as pequenas e médias

empresas que aumentam a produção nacional de bens transaccionáveis, podendo diminuir as nossas

importações.

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — Mas não fiquei por aí, em nome do PS: apresentei propostas

concretas que injectam liquidez nas nossas empresas.

Com este caminho que aponta, de somar recessão à recessão, o que o Sr. Primeiro-Ministro está a fazer é

a matar o caminho do crescimento económico,…

O Sr. Basílio Horta (PS): — Claro!

O Sr. António José Seguro (PS): — … está a matar o emprego em Portugal, está a matar aos poucos as

empresas no nosso País!

Aplausos do PS.

Mas o Sr. Primeiro-Ministro não teve nem uma palavra sobre o papel que os bancos devem desempenhar

— e que o senhor já os devia ter obrigado a ter —, porque há recursos para isso no financiamento das nossas

empresas. E de nada serve exigir que os trabalhadores em Portugal trabalhem mais se as nossas empresas

não tiverem dinheiro para se pré-financiarem…

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. António José Seguro (PS): — … para comprar matérias-primas, para corresponder às encomendas

que, felizmente, ainda vão tendo.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro (Pedro Passos Coelho): — Sr.ª Presidente, diz o Sr. Deputado José Seguro que

as medidas que ontem apresentei ao País como as primeiras e as mais relevantes que devia comunicar ao

País, antes ainda de o Orçamento ser apresentado, não são as constantes do Memorando assinado com a

tróica e não representam o caminho que o Partido Socialista quereria para Portugal.

Não tenho dúvida da primeira parte da sua afirmação, aceito a segunda parte. Mas, Sr. Deputado, a razão

por que as medidas foram anunciadas pelo Governo com este nível de violência e de severidade não

respeitam, com certeza, à vontade que quer o Governo quer eu próprio tenhamos de castigar o País por ter

uma noção de que o País merece castigo.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): — São opções de classe!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O Sr. Deputado deverá saber que as medidas que constam deste Orçamento

são minhas, mas o défice que as obriga não é meu!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Diz o Sr. Deputado que o crescimento e o emprego serão sacrificados. Não, Sr. Deputado, é exactamente

o contrário.

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Explique lá!