15 DE OUTUBRO DE 2011
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O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, reparei que, novamente, sobre
crescimento económico disse «zero». Nem uma palavra!
Aplausos do PS.
Sr. Primeiro-Ministro, o que nos divide são os caminhos e as opções.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
Sr.ª Presidente, peço que desconte estas interrupções no tempo que tenho disponível. Ocupo este lugar
por direito próprio e todos os Srs. Deputados eleitos pelo Partido Socialista têm legitimidade para se sentarem
neste Parlamento igual à das Sr.as
e Srs. Deputados do PSD! Igual!
Aplausos do PS.
Protestos do PSD e do CDS-PP.
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, ninguém nega essa realidade, e o tempo das interrupções é
descontado, como sabe.
O Sr. António José Seguro (PS): — Temos igual legitimidade…
Protestos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados do PSD, peço o favor de fazerem menos ruído, pois isso vai atrasar
os nossos trabalhos.
Faça favor de prosseguir, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, gostaria que fosse descontado o tempo desta
interrupção!
Vozes do PSD: — Oh!…
O Sr. António José Seguro (PS): — Volto a dizer, Sr.ª Presidente, reiniciando a minha intervenção, que a
divergência, e é profunda, com o Sr. Primeiro-Ministro não tem a ver com as metas a que o nosso País está
obrigado do ponto de vista dos compromissos internacionais, tem a ver, sim, com as opções políticas e com os
caminhos.
Dito isto, Sr. Primeiro-Ministro, escutei a sua intervenção e quero dizer-lhe que assim não vamos lá!…
Risos do PSD.
Assim não vamos lá, Sr. Primeiro-Ministro! Escolher o discurso que escolhe e as opções que faz significa
que Portugal nunca poderá concretizar as metas a que estamos submetidos.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. António José Seguro (PS): — Eu não digo que não exista um défice.
Vozes do PSD: — Ah!…
O Sr. António José Seguro (PS): — Aliás, o próprio Memorando da tróica apurou esse défice e aponta
valores para este e para o próximo ano.