I SÉRIE — NÚMERO 31
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A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, já descontámos o tempo das interrupções, mas tinha menos de meio
minuto disponível… Queira concluir, se faz favor.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, isto é muito relevante! Este não é um debate
qualquer, Sr.ª Presidente, por isso peço a sua tolerância.
Protestos do PSD.
Sr.ª Presidente, se a maioria não quiser que eu fale, não falo!
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, não se trata disso. Já descontámos sobejamente o tempo durante o
qual foi interrompido. Peço-lhe, por isso, que conclua.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, peço 1 minuto da sua tolerância para dizer…
Protestos do PSD.
A Sr.ª Presidente: — Tem agora a palavra o Sr. Primeiro-Ministro.
O Sr. António José Seguro (PS): — Sr.ª Presidente, eu gostava de concluir a minha intervenção!
A Sr.ª Presidente: — Dou-lhe a palavra se concluir rapidamente, Sr. Deputado. Caso contrário, vamos
arrastar os trabalhos. Também não serei tolerante com os outros oradores.
Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. António José Seguro (PS): — Muito obrigado, Sr.ª Presidente.
O que está aqui em causa é precisamente a estimativa que o Sr. Primeiro-Ministro faz do défice, que não é
igual à nossa, e é por isso que queremos um esclarecimento. Sr. Primeiro-Ministro, pedimos ao INE várias
informações, vários esclarecimentos, porque o ponto de partida para o futuro é muito importante.
Eu poderia vir aqui dizer que a culpa é do Sr. Primeiro-Ministro…
A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, queira terminar, por favor.
O Sr. António José Seguro (PS): — Termino já, Sr.ª Presidente.
Segundo a SIC, a derrapagem do 3.º trimestre era diferente, mas o que os portugueses exigem não é que
passemos aqui o tempo em «passa culpas», o que os portugueses exigem é respostas concretas para a vida
do seu dia-a-dia. E o PS estará à altura das suas responsabilidades.
Aplausos do PS.
A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Primeiro-Ministro para responder.
O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado António José Seguro, as metas da tróica são o
que são. Diz o Sr. Deputado que estamos em divergência quanto às políticas para alcançar essas metas. Ora,
nada mais natural e saudável em política.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — Mas, Sr. Deputado, o Governo assumiu as suas responsabilidades tomando as
medidas necessárias para atingir essas metas, sendo que para as atingir o Governo precisava encontrar, em
razão das contas apuradas, cerca de 2000 milhões de euros em medidas transversais na sociedade