O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 34

30

A Sr.ª Gabriela Canavilhas (PS): — A essência do espírito associativo é a sua ligação à comunidade para

benefício dela. Que a comunidade, nos seus vários patamares de responsabilidade pública e civil, o saiba

reconhecer.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Cecília Honório.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, começo por cumprimentar os

peticionantes. Esta petição é da máxima importância e acompanhamo-la plenamente.

Quero destacar o exemplar movimento de cidadania, de mobilização de que esta causa foi capaz, em

nome do trabalho de uma associação recreativa, cultural, de músicos, que tem uma acção, no distrito de Faro,

de uma enorme amplitude.

Trata-se de uma Associação que tem mais de 20 anos ao serviço da cultura das populações, exemplo

único do associativismo, em nome da liberdade de expressão e de criação e que, ao longo do seu trabalho,

tem apoiado mais de 31 bandas — são centenas de músicos —, para além de um trabalho que envolve todos

os outros actores criativos e artistas, como grupos de teatro. A acção desta Associação é, pois, exemplar no

desenvolvimento da cultura do nosso país, e tem, no distrito, uma importância determinante.

Conhecemos bem os problemas que viveu. Estivemos lá, acompanhámos este problema desde o início, foi

enxotada da sua sede em nome dos interesses imobiliários a proteger. Aguarda-se, hoje, o fim de um

julgamento.

Ora, a questão é absolutamente urgente e não se coaduna com um terreno que foi concedido mas que

aguarda por verbas, quando o que se exige é uma sede definitiva. Mas é uma sede definitiva para agora, é

uma sede que, evidentemente, dignifique o trabalho extraordinário desta Associação e de todos os actores, de

todos os agentes, de todos os sujeitos de criação e de produção de arte que ela associa. Por isso, do nosso

ponto de vista, a resolução tem de ser célere.

O interesse da autarquia é pertinente? Pois é! Onde está o dinheiro, a capacidade de investimento para

uma resposta rápida? Ela depende, evidentemente, do compromisso do Governo, que deve acompanhar esta

situação, que é grave e que exige uma resposta rápida. Ou continuaremos a ter um Governo que está

disponível para despejar milhares e milhares de euros nesse saco sem fundo, que é o Programa Allgarve, que,

enfim, promoveu, como bem sabemos, ao nível da política cultural e dos concertos que vão enchendo os

verões, muitas iniciativas de duvidosa qualidade, mas que não é capaz de dar uma resposta rápida a esta

Associação e ao trabalho exemplar que ela faz pelo distrito e pelas populações?

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Paulo Sá.

O Sr. Paulo Sá (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Gostaria de começar por saudar os mais

de 4300 peticionários, alguns dos quais se encontram aqui presentes, nas galerias.

Gostaria também de saudar a Associação Recreativa e Cultural de Músicos, que é um exemplo singular de

um projecto que tem vindo a proporcionar aos farenses e aos algarvios condições necessárias à criação e à

fruição culturais.

Fundada em 1990, a Associação Recreativa e Cultural de Músicos conseguiu criar, praticamente sem

apoios, um espaço com 18 salas de ensaio, uma sala de espectáculos com capacidade para mais de 1000

pessoas e um estúdio de gravação, acolhendo 31 bandas, com mais de 150 músicos de todos os estilos

musicais, além de disponibilizar apoio a grupos de teatro, de dança, e de outras expressões artísticas.

A sala de espectáculos da Associação afirmou-se como uma verdadeira sala multiusos ao serviço da

cidade de Faro e da região algarvia, realizando-se aí concertos, peças de teatro, projecção de filmes, desfiles

de moda, exposições, workshops, provas desportivas, entre outras actividades.

Páginas Relacionadas
Página 0031:
22 DE OUTUBRO DE 2011 31 A Associação tem, ainda, colaborado com o Instituto da Dro
Pág.Página 31