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I SÉRIE — NÚMERO 35

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O Sr. Jorge Machado (PCP): — É roubo e exploração!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Outro exemplo é o Plano Estratégico dos Transportes, que em seis anos a

bancada socialista não fez, mas que este Governo apresentou em menos de 100 dias. Trata-se de uma

reforma estrutural num sector completamente falido, com mais de 17 000 milhões de euros de dívida. Este

Plano Estratégico é a única forma de salvarmos o serviço público de transportes, dando-lhe sustentabilidade,

que é uma palavra de que a esquerda não gosta muito…!

Apesar de tudo o que tem sido feito, não se pode «tapar o sol com a peneira», porque nenhum governante

no mundo gostaria de apresentar um Orçamento como o que o Governo apresentou.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Estou «careca» de ouvir essa conversa!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Não é um Orçamento de vontade, mas de necessidade. Tenho pena de que

o exibicionismo retórico de alguma esquerda mais radical — que a tem, aliás, acantonado, como se pode ver

pelos resultados eleitorais que têm tido ultimamente — não se traduza em propostas construtivas, mas apenas

em miríades de fantasias do que o mundo podia ser.

Gostaria de terminar fazendo uma referência ao Partido Socialista, porque, enquanto maior partido da

oposição, tem uma posição muito relevante no que se vai passar.

Sabemos que assinou o Memorando da tróica em Maio de 2011 e que a sua governação foi a responsável

por chegarmos à situação a que chegámos.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Não vá pelo mau caminho!

O Sr. Luís Menezes (PSD): — Nesse sentido, é muito grave que, à segunda, quarta e sexta-feira, o Partido

Socialista diga que a probabilidade de aprovar o Orçamento é de 0,00001% e, à terça, quinta, sábado e

domingo, já não saiba bem o seu sentido de voto no Orçamento.

Srs. Deputados do Partido Socialista, os portugueses querem que o Partido Socialista esteja à altura das

suas responsabilidades. Por isso, decidam-se e deixem-se de tibiezas no que é a vossa posição quanto ao

sentido de voto no Orçamento do Estado!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

O Sr. Presidente (Guilherme Silva): — Tem a palavra o Sr. Ministro da Economia e do Emprego.

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Sr. Presidente, gostaria de responder a algumas das

perguntas que me foram dirigidas pelo Deputado Miguel Laranjeiro.

Sobre a questão da TSU, é público que defendi, antes de ir para o Governo, a sua redução. É

absolutamente importante perceber que a descida da TSU não aconteceu por uma simples razão: porque o

buraco orçamental que nos foi legado é de tal modo elevado que não há margem orçamental para a fazer.

O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr. Ministro, assim não vai a lado nenhum!

O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Para o Governo, a descida da TSU deveria ter acontecido

de forma a privilegiar alguns sectores, mas isso não nos foi possível fazer.

Portanto, não houve descida da TSU, porque não nos deixaram margem orçamental e porque o buraco das

contas públicas, que herdámos, é verdadeiramente colossal.

Em segundo lugar, o Sr. Deputado disse que o País tinha a ganhar com a verdade. Não tenho dúvidas

sobre isso. Aliás, se o PS e o anterior governo tivessem tido uma política de verdade, o País não teria chegado

à situação que chegou. Essa é a realidade!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.