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I SÉRIE — NÚMERO 37

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A Sr.ª Deputada fala em «falsas urgências»?! Então, são os senhores que dizem que faltam 1000 médicos

de famílias! São os senhores que fecham extensões e que reduzem os horários de funcionamento dos centros

de saúde! Quando uma pessoa se sente doente, o que deve fazer? Vai queixar-se à junta de freguesia? Vai à

paróquia? Vai aos bombeiros?! Onde é que há-de ir senão às urgências dos hospitais?

A Sr.ª Carina Oliveira (PSD): — Mas isso não está em causa!

O Sr. João Semedo (BE): — Onde é que a Sr.ª Deputada vai quando se sente doente? Não vai a uma

urgência? Fica em casa à espera que o seu estado de saúde se agrave? Tenha vergonha, Sr.ª Deputada!!

Tenha vergonha, porque isto não é uma brincadeira para falar com essa leviandade de falsas urgências,

quando centenas de milhares de portugueses não têm outro sítio onde ir quando estão doentes senão a uma

urgência de um hospital!

Por último, Sr.ª Deputada, a propósito ainda de brincadeira, há isenções para as grávidas, para as crianças

e outros? Mas quais outros?!… Aí é que reside o problema! É que os «outros» que estavam isentos deixam de

estar isentos e, por isso, de facto, o número de portugueses que vão passar a pagar taxas moderadoras, e

muito mais caras do que as que existem actualmente, vai ser muito maior. Por isso é que elas são não só

injustas como ilegítimas, porque são, de facto, um segundo pagamento, pois os portugueses já pagam o

Serviço Nacional de Saúde com os seus impostos.

Vozes do BE: — Muito bem!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr. Deputado, tem de concluir.

O Sr. João Semedo (BE): — Concluo já, Sr. Presidente.

Por isso, Sr.ª Deputada Carina Oliveira, não brinque com as palavras, não brinque com os portugueses!

Aplausos do BE.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Santos.

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O PS, hoje, veio aqui dizer-nos que

está preocupado com o aumento das taxas moderadoras, à semelhança, aliás, de um conjunto de outros

partidos, nomeadamente o PCP, mas, Sr.ª Deputada Luísa Salgueiro, certamente não se recorda de que o

governo PS também aumentou bastante o valor das taxas moderadoras, incluiu mais actos médicos na

aplicação das taxas moderadoras…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora bem!

A Sr.ª Paula Santos (PCP): — … e, pior do que isto, também subscreveu o acordo da tróica, com o PSD e

o CDS, o qual impõe este aumento brutal!!… Por isso, não venha aqui dizer que o PS está preocupado

quando está conivente e aprova todas estas medidas!…

Em relação ao CDS, o Sr. Deputado João Serpa Oliva veio aqui dizer que o Serviço Nacional de Saúde

está na génese da social-democracia e da democracia cristã, mas, se bem me recordo, o direito à saúde ficou

consagrado na nossa Constituição devido à luta dos trabalhadores e do povo português na Revolução de Abril,

Constituição essa que o CDS não aprovou. É bom recordar que o CDS não a aprovou!

Aplausos do PCP.

Protestos do CDS-PP.

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