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I SÉRIE — NÚMERO 39

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do desafio europeu e não, como disseram, demagogicamente, até 5 de Junho, uma crise exclusivamente

nacional.

Aplausos do PS.

Há uma crise que não é irlandesa, grega ou portuguesa; há uma crise que toca, hoje, a França e a Itália e

que, só para aqueles que não a querem entender, está a pôr em causa o núcleo do projecto europeu, desse

grande projecto de paz e desenvolvimento solidário das últimas cinco décadas.

Por isso, estamos neste debate com os portugueses pela coesão social, pela garantia do financiamento

das empresas, pelo crescimento económico e pelo emprego.

Por isso, saudaremos sempre o Governo, quando vier aqui realçar aquela que é uma marca distintiva do

caso português, e que se deve ao Partido Socialista, que é o largo consenso nacional, político e social,

patriótico, diria, numa resposta nacional à crise, que garanta financiamento com crescimento, mas com coesão

social.

Aplausos do PS.

É exactamente por isso, porque queremos assegurar a manutenção desse largo consenso, que é realçado

pela Directora-Geral do FMI, pela Chancelerina Angela Merkel, pelo Presidente Sarkozy, que dizemos que

sempre que o Governo faça, como fez em Setembro, uma revisão clandestina do Memorando de

Entendimento, está a pôr em causa esse consenso nacional.

Aplausos do PS.

Sempre que o Governo tiver intervenções lamentáveis, como a que teve hoje, aqui, o Sr. Ministro da

Economia, está a pôr em causa esse consenso nacional.

Defendemos, por isso, exactamente neste momento, em que a tróica está em Portugal, que, relativamente

àquilo que, com pouco domínio do que está em causa, o Sr. Primeiro-Ministro, no Paraguai, chamou

«renegociação», depois, chamou «reajustamento» e, ontem, já chamou «actualização», o Governo assuma,

neste debate, ao contrário do que aconteceu com a primeira actualização semestral, o compromisso solene de

informar sempre o Parlamento e não fazer o que o Sr. Ministro das Finanças fez, em 2 de Setembro, em que

esteve uma tarde no Parlamento e nada disse sobre o acordo actualizado, que tinha assinado no dia anterior.

Aplausos do PS.

Que diga quais as condições de envolvimento do Parlamento e do Partido Socialista neste diálogo

alargado!

Estamos aqui, neste debate, por uma Europa da coesão e da solidariedade, por uma Europa que exige

mais governação económica e mais coordenação de políticas, e rejeitamos que o Governo português, às

vezes, faça um discurso no sentido de que há um problema de alguns países do euro. Para nós, há um

problema português, ao qual temos de dar resposta, e há um problema da Europa, do qual somos parte activa

e para o qual temos uma intervenção decisiva.

Aplausos do PS.

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Muito bem!

O Sr. Eduardo Cabrita (PS): — É neste quadro que temos de discutir este Orçamento.

Este Primeiro-Ministro tem a qualidade e a sorte de ter tido mais informação do que algum ministro jamais

teve na altura em que chegou ao poder,…

O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — É verdade!

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