O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

11 DE NOVEMBRO DE 2011

23

Aplausos do PDS e do CDS-PP.

Vozes do PCP: — Havia alternativa!

O Sr. Primeiro-Ministro: — O que significa, portanto, Sr. Deputado, que a agressão não está no facto de

termos um empréstimo.

O Sr. Deputado pode criticar a agressão que constituiu o estado das finanças públicas que exigiram esse

empréstimo, mas não pode dizer que é uma agressão receber emprestado quando não se tem o que é

indispensável para pagar salários ou pensões. Isso não é uma agressão, Sr. Deputado.

Aplausos do PDS e do CDS-PP.

Deixe-me dizer-lhe, a propósito de quanto custa, porque isso também é importante evidentemente…

O Sr. João Oliveira (PCP): — Custa 40% de juros!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, com pequena despesa administrativa, que será contabilizada

para esse efeito, o que custa é basicamente o mesmo que países que têm um rating triplo A conseguiram nos

empréstimos que foram realizados.

O que é que isso significa? Se Portugal tivesse, por qualquer razão, conseguido credibilidade e crédito para

pedir esse dinheiro a qualquer outra instância internacional ou a qualquer banco, o custo seria muito superior,

porque o rating de Portugal não lhe permitia comparar-se com os custos deste financiamento.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — É só filantropia!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Um esbulho!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr. Deputado, é falso que se trate de uma espécie de esbulho aquilo que

vamos ter de pagar pelo dinheiro que pedimos emprestado. Vamos pagar pelo que pedimos emprestado o que

os países que nos emprestaram vão pagar por esse dinheiro que pediram e pelo qual se endividaram para nos

emprestar.

Vozes do PCP: — Não é verdade!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Foi isto que foi acordado desde Julho deste ano na Cimeira da zona euro que

determinou as alterações de flexibilização ao Fundo Europeu de Estabilidade Financeira, que já está em vigor.

Sr. Deputado, penso que o País precisa de ter esta informação. O que vamos pagar por este empréstimo é,

em primeiro lugar, menos do que pagaríamos se tivéssemos sido nós a contraí-lo directamente e, em segundo

lugar, Sr. Deputado, não tínhamos condições para o contrair directamente porque não tínhamos rating nem

credibilidade para o fazer.

Protestos do Deputado do PCP João Oliveira.

Essa é a razão por que este empréstimo não é uma agressão, foi uma necessidade a que o País teve de

recorrer!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr. ª Presidente: — Tem, agora, a palavra o Sr. Deputado Francisco Louçã.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, a apresentação do Orçamento do

Estado foi provavelmente o discurso mais envergonhado que um Primeiro-Ministro fez nestas circunstâncias.

Páginas Relacionadas
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 39 8 Pausa. Não havendo pedidos de pal
Pág.Página 8
Página 0009:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 9 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Por ser u
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 39 10 O Sr. Primeiro-Ministro: — O Governo nã
Pág.Página 10
Página 0011:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 11 Sr.ª Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Quero ins
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 39 12 pensão aos reformados, em Portugal. Nós consid
Pág.Página 12
Página 0013:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 13 Dir-me-á o Sr. Deputado: «mas ouça quantas pessoas se que
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 39 14 O Sr. Primeiro-Ministro: — … mas para garantir
Pág.Página 14
Página 0015:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 15 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E, Sr. Primeiro-Ministro,
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 39 16 Há um ano, como o senhor disse inicialm
Pág.Página 16
Página 0017:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 17 de excesso de despesa do Estado para que eles possam real
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 39 18 Aplausos do PSD e do CDS-PP. A Sr
Pág.Página 18
Página 0019:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 19 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Por isso, este Orçamento
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 39 20 O Sr. Honório Novo (PCP): — O Belmiro de Azeve
Pág.Página 20
Página 0021:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 21 orçamental, tem um papel mais de executante do que de dec
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 39 22 problema — e isto não foi dito — é que, com es
Pág.Página 22
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 39 24 Consta que o Orçamento do Estado inclui medida
Pág.Página 24
Página 0025:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 25 Entretanto, assumiu a presidência o Sr. Vice-Presi
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 39 26 Não há dúvida de que, apesar de Portugal se en
Pág.Página 26
Página 0027:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 27 E um desses gráficos revela-nos que até 2015 — não é 2013
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 39 28 A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): —
Pág.Página 28
Página 0029:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 29 O Sr. Pedro Nuno Santos (PS): — Sr. Presidente, Sr. Prime
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 39 30 Ora, Sr. Primeiro-Ministro, tenho que lhe perg
Pág.Página 30
Página 0031:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 31 O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Sr. Deputado, se quiser o
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 39 32 Segundo desafio: promova urgentemente uma alte
Pág.Página 32
Página 0033:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 33 Governo a encara, bem pelo contrário, e não somos só nós
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 39 34 ou seja, sabia-se antecipadamente que ia ser u
Pág.Página 34
Página 0035:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 35 Como estava a dizer, não há dúvida, Sr. Deputado Miguel F
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 39 36 … podendo manter alguma da prudência qu
Pág.Página 36
Página 0037:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 37 O Sr. Honório Novo (PCP): — Isso também é verdade!
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 39 38 A Sr.ª Teresa Caeiro (CDS-PP): — Estas
Pág.Página 38
Página 0039:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 39 O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Pode ter um milhão!
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 39 40 casa vão gritando para a televisão e vão dizen
Pág.Página 40
Página 0041:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 41 O Sr. Honório Novo (PCP): — Não perca tempo com aquilo qu
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 39 42 E é justamente isso que se pretende no plano d
Pág.Página 42
Página 0043:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 43 O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Deputada Ana Drago
Pág.Página 43
Página 0044:
I SÉRIE — NÚMERO 39 44 O Sr. Primeiro-Ministro, na passada semana, re
Pág.Página 44
Página 0045:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 45 O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Um brutal aumento do IVA,
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 39 46 sido sucessivamente alertados para isso, por v
Pág.Página 46
Página 0047:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 47 Queria perguntar-lhe como pensa que podemos contribuir pa
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 39 48 percebem essa necessidade, não discutiram dema
Pág.Página 48
Página 0049:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 49 que temos é ainda imperfeita — referi-me a isso ontem mes
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 39 50 A Sr.ª Presidente: — Presumo que a Câmara não
Pág.Página 50
Página 0051:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 51 Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Carlos Z
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 39 52 O Sr. Mota Andrade (PS): — Muito bem! <
Pág.Página 52
Página 0053:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 53 inseridos. Não escolhemos, por isso, caminhos fáceis. Pro
Pág.Página 53
Página 0054:
I SÉRIE — NÚMERO 39 54 Portanto, essa singularidade da «abstenção vio
Pág.Página 54
Página 0055:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 55 País foram os últimos anos de governação a que foi sujeit
Pág.Página 55
Página 0056:
I SÉRIE — NÚMERO 39 56 Sr. Deputado, neste processo temos de ter um g
Pág.Página 56
Página 0057:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 57 O grupo parlamentar a que tenho a honra de pertencer orgu
Pág.Página 57
Página 0058:
I SÉRIE — NÚMERO 39 58 Em segundo lugar, apesar da austeridade, o Gov
Pág.Página 58
Página 0059:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 59 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Ora aí está!
Pág.Página 59
Página 0060:
I SÉRIE — NÚMERO 39 60 salário. E, ao contrário do que os senhores di
Pág.Página 60
Página 0061:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 61 E tinha, sim, outras soluções. Lembro-lhe apenas as renda
Pág.Página 61
Página 0062:
I SÉRIE — NÚMERO 39 62 A Sr.ª Sónia Fertuzinhos (PS): — Como é
Pág.Página 62
Página 0063:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 63 Vozes do PCP: — E «à sombra da bananeira»!
Pág.Página 63
Página 0064:
I SÉRIE — NÚMERO 39 64 Vozes do PSD: — Muito bem! A Sr.
Pág.Página 64
Página 0065:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 65 Isso é o que acontece a países que não são rigoros
Pág.Página 65
Página 0066:
I SÉRIE — NÚMERO 39 66 Risos do PCP. Como medida
Pág.Página 66
Página 0067:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 67 O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — … às rotundas inú
Pág.Página 67
Página 0068:
I SÉRIE — NÚMERO 39 68 Hoje, o Secretário-Geral do PS já fez aqui uma
Pág.Página 68
Página 0069:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 69 desemprego, diminui as deduções com despesas de saúde, de
Pág.Página 69
Página 0070:
I SÉRIE — NÚMERO 39 70 Se preferir ir um pouco mais longe, posso ler-
Pág.Página 70
Página 0071:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 71 assistem àqueles que trabalharam e contribuíram dos seus
Pág.Página 71
Página 0072:
I SÉRIE — NÚMERO 39 72 Ontem mesmo, o Governo agendou uma proposta de
Pág.Página 72
Página 0073:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 73 Aplausos do PCP. O PCP não se resign
Pág.Página 73
Página 0074:
I SÉRIE — NÚMERO 39 74 O Primeiro-Ministro apresentou hoje de manhã u
Pág.Página 74
Página 0075:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 75 Eles caíram, porque mentiram ao seu país, porque destruír
Pág.Página 75
Página 0076:
I SÉRIE — NÚMERO 39 76 Bom, julgo que o Sr. Primeiro-Ministro
Pág.Página 76
Página 0077:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 77 Depois, o Sr. Primeiro-Ministro, também na resposta a Os
Pág.Página 77
Página 0078:
I SÉRIE — NÚMERO 39 78 O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Est
Pág.Página 78
Página 0079:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 79 O Programa de Assistência Económica e Financeira m
Pág.Página 79
Página 0080:
I SÉRIE — NÚMERO 39 80 predominantemente pela via da redução da despe
Pág.Página 80
Página 0081:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 81 Aplausos do BE. A Sr.ª Presidente: — Srs. D
Pág.Página 81
Página 0082:
I SÉRIE — NÚMERO 39 82 Risos do PSD. Essa citaçã
Pág.Página 82
Página 0083:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 83 O Sr. Duarte Pacheco (PSD): — Mas quem o diz são o
Pág.Página 83
Página 0084:
I SÉRIE — NÚMERO 39 84 Protestos do Deputado do CDS-PP João Pi
Pág.Página 84
Página 0085:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 85 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Parece que estou a ouvir
Pág.Página 85
Página 0086:
I SÉRIE — NÚMERO 39 86 Partido Socialista, nos últimos seis anos, a f
Pág.Página 86
Página 0087:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 87 Vozes do PSD e do CDS-PP: — Muito bem! Prot
Pág.Página 87
Página 0088:
I SÉRIE — NÚMERO 39 88 autorização do Governo, ao contrário do que se
Pág.Página 88
Página 0089:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 89 A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Finalmente, o Governo diz
Pág.Página 89
Página 0090:
I SÉRIE — NÚMERO 39 90 Se calhar, a culpa não é só do PS e, se calhar
Pág.Página 90
Página 0091:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 91 O Sr. Ministro de Estado e das Finanças: — Adolfo Mesquit
Pág.Página 91
Página 0092:
I SÉRIE — NÚMERO 39 92 O Sr. Honório Novo (PCP): — Uma acçãozi
Pág.Página 92
Página 0093:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 93 grande capital monopolista e financeiro. O PCP tem-se opo
Pág.Página 93
Página 0094:
I SÉRIE — NÚMERO 39 94 macroeconomia, que diziam que quanto mais Port
Pág.Página 94
Página 0095:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 95 contexto, ser capaz de atrair investimento estrangeiro é
Pág.Página 95
Página 0096:
I SÉRIE — NÚMERO 39 96 O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Sr.
Pág.Página 96
Página 0097:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 97 Para além disso, diminuir os constrangimentos de crédito
Pág.Página 97
Página 0098:
I SÉRIE — NÚMERO 39 98 É por isso que estamos a apostar na diplomacia
Pág.Página 98
Página 0099:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 99 Aplausos do PSD e do CDS-PP. Vamos transfor
Pág.Página 99
Página 0100:
I SÉRIE — NÚMERO 39 100 Aplausos do PSD e do CDS-PP. A S
Pág.Página 100
Página 0101:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 101 Aplausos do PCP. A Sr.ª Presidente:
Pág.Página 101
Página 0102:
I SÉRIE — NÚMERO 39 102 O Sr. Basílio Horta (PS): — Isto é mentira? <
Pág.Página 102
Página 0103:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 103 A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado
Pág.Página 103
Página 0104:
I SÉRIE — NÚMERO 39 104 O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Outros poderi
Pág.Página 104
Página 0105:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 105 O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Termino dizendo, Sr. Min
Pág.Página 105
Página 0106:
I SÉRIE — NÚMERO 39 106 O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — …
Pág.Página 106
Página 0107:
11 DE NOVEMBRO DE 2011 107 O Sr. Ministro da Economia e do Emprego: — Era essa a po
Pág.Página 107
Página 0108:
I SÉRIE — NÚMERO 39 108 … e uma dívida externa líquida que era de 10%
Pág.Página 108