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I SÉRIE — NÚMERO 40

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É um Orçamento em que aqueles que são os mais pobres, aqueles que não têm sequer emprego,

nomeadamente os idosos, aqueles que mais dificuldades passam na nossa sociedade, têm medidas que os

protegem neste momento mais difícil, como sejam as tarifas, a protecção das pensões mais baixas, a

inexistência de corte do subsídio para os mais pobres, a majoração para os casais quando ambos estão no

desemprego.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Telmo Correia (CSD-PP): — Por último, este é um Orçamento de verdade, e a verdade é

fundamental.

Este é um Orçamento de verdade, e aí é importante dizer o que é que este Orçamento não é. Este é um

Orçamento de verdade, não é mais um conjunto de ilusões, de promessas, de irrealismos em que o País

andou mergulhado durante anos a fio!

Este é um Orçamento que tem rigor…

O Sr. Honório Novo (PCP): — Onde?

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Tem rigor, Sr. Deputado! Não tem novos aeroportos! Tem rigor!

Este Orçamento tem exigência, não tem mais TGV, não tem mais parcerias público privadas (PPP), não

tem mais daqueles programas de 50 medidas!

Os programas que nos apresentavam tinham sempre 50 medidas para fazer crescer a economia! Pacotes

e pacotes de 50 medidas para fazerem crescer a economia e no fim, no fim de tantas ilusões, no fim de tantas

promessas, sabemos, Sr. Deputado Carlos Zorrinho, o que aconteceu! No fim, nem aeroporto, nem TGV, nem

crescimento económico, a economia estagnada, uma dívida, o País com assistência e dependente de auxílio

externo senão não poderia viver!

Aplausos do CDS-PP.

Essa foi a realidade! E este Orçamento, desse ponto de vista, é de rotura, não é um Orçamento para

continuar com aquilo que foi feito até aqui!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não é nada! É mais do mesmo!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Vamos às críticas, Sr. Deputado!

A primeira começa aqui, ouve-se aqui, ouve-se praticamente em todo e qualquer debate, em toda e

qualquer estação de televisão ou de rádio: é a velha conversa do doente e da cura.

Já todos ouvimos, dezenas e dezenas de vezes, dizer: «agora, com a cura vão matar o doente, não podem

fazer esta cura, a terapia é muito forte».

Srs. Deputados, tenhamos uma certeza sobre isso: o «doente» — e o doente é a economia e são as

finanças públicas portuguesas — que encontrámos corresponde a um doente em estado comatoso, que

sobrevive unicamente com auxílio externo. E a certeza que temos é a de que se não fosse aplicada terapia, e

terapia séria, aí, sim, seria fatal; aí, sim, não haveria nenhuma solução para este «doente»!

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — A vossa terapia é abusar dos fracos!

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — A segunda crítica, que é permanente, é aquela conversa de que

precisamos de mais tempo, de que não pode ser de repente, de que não pode ser tão forte, de que é preciso

prolongar, é preciso adiar. São especialistas em adiar, de resto dizem-nos isso.

Mas sobre essa matéria, Sr.ª Presidente e Sr.as

e Srs. Deputados, tenhamos a noção de que quanto mais

tempo adiarmos mais pagaremos em juros, quanto mais adiarmos mais tempo estaremos sujeitos a auxílio

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