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3 DE DEZEMBRO DE 2011

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Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — … que tem responsabilidade pela esmagadora maioria da carga movimentada;

não tem uma palavra sobre esse pequeno pormenor que é o sector do táxi em Portugal; não tem uma palavra

sobre esse pequeno pormenor que é a gestão do espaço aéreo em Portugal; não tem uma palavra sobre esse

pequeno pormenor que é o transporte marítimo!!

Srs. Deputados, isto é mais do que publicidade enganosa. É um logro e uma fraude!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exactamente!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Por menos que isto, quando estas coisas acontecem, o INFARMED manda

recolher medicamentos e a ASAE manda encerrar estabelecimentos.

Estão a apresentar uma coisa com um nome que não merece. E, se outros argumentos fossem precisos

para confirmar isso mesmo, os Srs. Deputados do PSD, do CDS e, até, do PS acabam de dar mais uma razão

de peso: nem justifica uma avaliação ambiental estratégica.

É verdade que alguns Deputados falaram em estudos de impacte ambiental, o que também revela falta de

sustentação na argumentação que fazem, pois, pelos vistos, confundem estudos de impacte ambiental com

avaliação ambiental estratégica.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — É verdade!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Aliás, a seriedade e a qualidade da argumentação aduzida vê-se quando o

PSD diz que o assunto da discussão pública está, no essencial, resolvido e ultrapassado, que até houve um

debate de várias horas na televisão no outro dia. Dizem: «Está resolvido! Não se fala mais nisso! Não nos

prendamos agora, aqui, com minudências, como avaliações ambientais estratégicas, processos de consulta e

discussão pública. Isso é coisa que não interessa a ninguém!»

Não é verdade, Srs. Deputados! É preciso, desculpem que vos diga, um monumental descaramento, um

descaramento do tamanho de um comboio — desses que os senhores querem retirar de funcionamento —

para, ainda por cima, dizerem que em política não vale tudo. Não admira, Srs. Deputados…! Quanto menos se

discutir, melhor, não é verdade? Quando as responsabilidades pelo desastre nacional em que nos

encontramos são repartidas pelo PSD, pelo CDS e pelo PS, quando «uns dizem mata e outros dizem esfola»,

é natural que não queiram discutir o que andam a fazer!

Contudo, de uma coisa não se livram: lá fora, no terreno, as pessoas discutem — discutem nas empresas e

nos locais de trabalho, discutem junto aos serviços que estão a tentar encerrar.

Ontem, hoje e amanhã continua a haver movimentação de utentes de transporte público e de trabalhadores

do sector, que continuam a dizer que não vão «comer e calar» perante este assalto ao País, ao interesse

nacional e ao nosso futuro colectivo!

Por isso, esta fraude que os senhores trazem ao País, intitulada erradamente de Plano Estratégico dos

Transportes, fica muito bem à vista porque caiu a máscara sobre esse verdadeiro plano de encerramentos, de

privatizações e de destruição de sectores estratégicos para o País, que este Governo, com a cumplicidade e a

colaboração do PS, está a levar a cabo.

Nós estamos do lado dos que lutam contra essa ofensiva que põe em causa o futuro do nosso País!

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Catarina Martins para uma intervenção.

A Sr.ª Catarina Martins (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Duas notas sobre algo

completamente absurdo que acabou de se ser dito.

Diz-nos o CDS-PP que o Plano Estratégico dos Transportes está bem fundamentado porque a

fundamentação única é a dívida. Pois é, Sr. Deputado. Sabe uma coisa? Em todo o Plano Estratégico dos

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