O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 46

36

Srs. Deputados, o quadro electrónico regista 201 presenças, às quais se somam 3 sinalizadas à Mesa, o

que perfaz 204 Srs. Deputados presentes, pelo que temos quórum de deliberação para proceder às votações.

Teremos a votação de três votos, sendo o primeiro o voto n.º 26/XII (1.ª) — De congratulação pelo

reconhecimento do Fado como Património Imaterial da Humanidade (PSD, PS, CDS-PP, PCP, BE e Os

Verdes).

Tem a palavra o Sr. Secretário para proceder à respectiva leitura.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

No passado dia 27 de Novembro de 2011, o VI Comité Intergovernamental da Organização da ONU para a

Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) reconheceu que o Fado é Património Imaterial da Humanidade.

O Fado, «essa estranha forma de vida» que Amália cantou, vadio e bailado na boca de Marceneiro,

citadino e sonhador na voz de Carlos do Carmo, português e tropical no timbre de Mariza; o Fado, esse cantar

da nossa História e da nossa identidade, genuinamente popular, cantar de marinheiros e varinas, tanto em

grandes casas de espectáculo como em casas de fado, tabernas, bairros ou vielas; o Fado, arte livre e

expressão de sonhos, amores e dores, que, como a Severa, nasceu em Lisboa, mas que nunca se deixou

condicionar por qualquer região, ideologia ou estrato social, vê agora, definitivamente, reconhecida a sua

dimensão universal.

O Fado é a voz de um povo e um dos símbolos mais marcantes da cultura portuguesa. Nosso embaixador

de excelência tem deixado pelos quatro cantos do mundo uma verdadeira marca de Portugal.

A consagração do Fado como Património Imaterial da Humanidade é o reconhecimento de uma das nossas

maiores expressões artísticas e uma homenagem a todos aqueles que, ao longo do tempo, souberam

preservar, recriar e desenvolver esta importante herança cultural do povo português.

A Assembleia da República associa-se ao sentimento de congratulação nacional por este reconhecimento

do Fado como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, felicitando todos os que

prepararam a candidatura e saúda aqueles que, cantando, escrevendo ou tocando, dignificaram este símbolo

da nossa identidade cultural.

A Sr.ª Presidente: — Sr.as

e Srs. Deputados, vamos proceder à votação deste voto.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade e aclamação, de pé.

Srs. Deputados, vamos passar ao voto n.º 27/XII (1.ª) — De saudação pela celebração do centenário do

nascimento do escritor Alves Redol (BE).

Tem a palavra o Sr. Secretário para proceder à respectiva leitura.

O Sr. Secretário (Abel Baptista): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:

Comemora-se em 2011 o centenário do nascimento do escritor Alves Redol.

Considerado um dos expoentes máximos do neo-realismo em Portugal, com uma vasta obra literária, que

inclui o romance, o conto, o teatro, a escrita infantil e o ensaio, António Alves Redol nasceu em Vila Franca de

Xira a 29 de Dezembro de 1911.

Concluído o curso comercial em Lisboa, escreve com 15 anos o seu primeiro artigo para o semanário Vida

Ribatejana.

Em 1928, ruma a Luanda, Angola, onde chega, segundo as suas próprias palavras, «de bolsos vazios, uma

grande vontade de vencer». A doença obriga-o a regressar a Portugal, onde desde sempre teve uma

intervenção muito activa na vida social e cultural do concelho de Vila Franca de Xira, sobretudo através de

uma intensa actividade com as colectividades locais, como o Grémio Artístico Vilafranquense e o Sport Lisboa

e Vila Franca.

Páginas Relacionadas