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6 DE JANEIRO DE 2012

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Mas também acreditamos que a ética na política não reside apenas na lei; está em quem exerce o seu

mandato e na responsabilidade que essa pessoa atribui à confiança que lhe foi conferida pelo voto.

A transparência é também, no nosso entender e na sua essência, um comportamento, uma postura, uma

coerência. É nisso que também acreditamos!

Sr.a Presidente, Sr.

as e Srs. Deputados: Há uma certa tendência de os partidos mais à esquerda, em

matérias como esta, porem constantemente em causa o funcionamento da democracia.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Para aqueles que estão mais à esquerda neste tipo de matérias o mote é

sempre: restringir!, restringir!, restringir!!

Restringem porque não confiam no julgamento do povo, porque põem sempre em causa quem exerce a

atividade política, ou porque tomam a parte pelo todo, ou porque, utilizando o velho e cansado argumento, o

poder político está sempre subjugado à vontade do poder económico.

Aplausos do PSD.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Isso é uma autocrítica!

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Nós, no PSD, não tememos a democracia. Não temos medo do

julgamento popular e acreditamos na liberdade de ação de todos os cidadãos, porque, para nós, é, de facto, o

povo quem mais ordena.

Vozes do PSD: — Muito bem!

Vozes do PCP: — É, é…! Vê-se!!…

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não é o povo; é o polvo!…

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — O projeto de lei que hoje discutimos é, no nosso entender, mais uma

castração do que uma solução.

Aliás, a este respeito, não podemos deixar de referir que este agendamento, neste momento em particular,

é travestido de toda uma envolvente mediática e comunicacional em torno desta questão.

Aplausos do PSD.

Protestos do BE.

Nós, no PSD, não disputamos linhas em páginas de jornais…! Não nos revemos num jornalismo

sensacionalista que, em vez de estudar, inventa e, em vez de informar, o que pretende é excitar e atordoar.

O Sr. João Semedo (BE): — Deve estar a falar para o PSD…!

O Sr. Sérgio Azevedo (PSD): — Por isso, não agendamos nem discutimos ao sabor de um espetro

mediático falso.

Queremos, de facto, discutir e reforçar a transparência daqueles que exercem cargos políticos, mas

recusamo-nos a tomar a parte pelo todo ou a ter mais audiências à custa de matérias que abalam ainda mais

a credibilidade da política junto dos cidadãos.

Sr.a Presidente, Sr.

as e Srs. Deputados: A importância deste tema obriga-nos a uma reflexão primacial que

deve ter lugar antes de qualquer decisão ou tomada de posição. Afinal, que tipo de Deputados queremos?

Queremos Deputados capazes de estarem à altura das exigentes responsabilidades do exercício de um cargo

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