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6 DE JANEIRO DE 2012

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O Sr. Bruno Dias (PCP): — Tal como sabemos que isto significa um retrocesso — já aqui o referimos a

propósito da televisão digital terrestre — de 60 anos, para o tempo em que não havia televisão, que é o que

muita gente vai sentir na próxima semana. Assim como também já referimos o retrocesso de mais de 100

anos, para o tempo anterior à jornada de 8 horas de trabalho, com a lei da I República para o sector do

comércio. Agora, com esta decisão, recuamos 122 anos, para o tempo em que não havia comboios para o sul

do País a partir de Setúbal e do Alentejo Litoral.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Uma vergonha!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Não pode ficar sem registo a argumentação provocadora e hipócrita do PSD,

um partido que matou a ferrovia em Bragança e em Viseu, que, a propósito da supressão de comboios em

Setúbal, vem dizer que podiam estar pior, porque podiam estar como em Bragança ou em Viseu. Haja

vergonha na cara, Sr. Deputado Adriano Rafael Moreira! Se os senhores não soubessem, ainda podiam alegar

desconhecimento, mas sabem do que estão a falar e, como tal, é ainda mais grave e inadmissível o que estão

a fazer!

Por isso, saudamos e valorizamos as ações e jornadas de luta que já aconteceram em Alvalade, em

Alcácer, na Baixa da Banheira, que reuniram as populações, os utentes dos transportes, a população local,

que se ergueu e levantou a sua voz contra este assalto que está a ser feito à sua mobilidade, ao transporte

ferroviário, ao serviço público, porque o transporte ferroviário, como os Srs. Deputados muito bem têm a

obrigação de saber, é como um rio caudaloso, que não vive sem afluentes. Sabemos que a luta das

populações e a luta dos trabalhadores ferroviários vai ser essencial, insubstituível e decisiva para combater

esta política de desmantelamento, de desastre nacional que os senhores estão a desenvolver, seguindo

entusiasticamente o pacto de agressão que a troica portuguesa assinou com a troica estrangeira.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Tem, agora, a palavra, para uma intervenção, o Sr. Deputado Nuno

Magalhães.

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Este é um debate sobre um

tema relevante, merecendo, por isso, uma discussão serena, em que, como aliás em quase todas as

discussões, convém começar por enunciar os factos.

Vamos, por isso, aos factos.

Esta decisão tem, necessariamente, um impacto direto na vida das pessoas, nomeadamente das pessoas

de Setúbal e de Alcácer do Sal, limita a mobilidade ferroviária das populações, mas a CP também tem hoje um

passivo superior a 3000 milhões de euros e tem necessidade de pagar, por ano, juros superiores a 150

milhões de euros.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — E pagam os utentes! Os utentes é que pagam! São sempre os mesmos!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Cada português, por este descontrolo das e para pagar a dívida da

CP, tem, neste momento, um encargo de 85 000 €.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Culpa de quem?!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Pergunta o Sr. Deputado Bruno Dias: «Culpa de quem?».

Naturalmente, a culpa é de quem governou nos 13 dos últimos 15 anos.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Só?! E os outros?!

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