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I SÉRIE — NÚMERO 55

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O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Perante isto, há um dilema — de facto, compreendo a preocupação

do Sr. Deputado Bruno Dias e da Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia: diminuir a capacidade de mobilidade e de

transporte das populações de Setúbal e de Alcácer ou nada fazer e, provavelmente, dentro de alguns anos,

não haver transporte algum, seja para quem for. É este o dilema!

Identificado o dilema, permitam-me, Sr.as

e Srs. Deputados, poder também alvitrar algumas possíveis

soluções para minorar o problema.

O Sr. Telmo Correia (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É verdade que os investimentos feitos na linha do Sado permitiram a

existência de duas linhas de circulação ferroviária a partir de Pinhal Novo, nomeadamente em direção ao Sul,

ao contrário do que durante muitos anos existiu e que, apesar de tudo, na altura, constituiu um avanço.

Por isso mesmo, julgo que, perante este esforço nacional, todas as pessoas do distrito de Setúbal, de

Alcácer, estarão, certamente, disponíveis para dar o seu contributo, o que não quer dizer que não se possa

pensar em medidas que, de alguma forma, possam minorar os prejuízos para a sua vida diária.

Desde logo, podemos estudar a possibilidade de alterar o tarifário de forma a não penalizar duplamente os

utentes dos serviços que têm de ir ao Pinhal Novo.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — E o horário!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Podemos também estudar a possibilidade de adequar os horários e

as alternativas existentes, nomeadamente salvaguardando a questão que é mais séria e que tem a ver com

Alcácer do Sal. Mas também podemos, por exemplo, analisar a possibilidade de manter algumas das

circulações nos moldes anteriores, nomeadamente de forma sazonal e nos períodos de maior afluxo.

Sr.as

e Srs. Deputados, estas são sempre matérias relativamente às quais todos sabemos, nomeadamente

aqueles que conhecemos o distrito de Setúbal, Alcácer e as populações, como, no concreto, vão afetar a vida

diária daquelas pessoas. Mas também não podemos cair na tentação de, em nome disso, esquecer, por um

lado, o interesse nacional e, por outro, ter uma visão micro de uma realidade que é macro. E reparem que,

mesmo no próprio distrito, alguns autarcas, nomeadamente um autarca do Partido Comunista Português, o

autarca de Santiago do Cacém, veio saudar publicamente esta decisão, ficou satisfeitíssimo. Sabem porquê,

Srs. Deputados? Porque Santiago do Cacém passa a ter uma paragem!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Já cá faltava a falta de seriedade!

O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — Portanto, Srs. Deputados, aquilo que se exige é responsabilidade,

serenidade, reconhecer que esta é uma medida difícil, que tem um impacto que, necessariamente, não é

positivo para as populações, mas que, infelizmente, pelo desvario dos últimos anos, tornou-se, mais do que

necessário, diria absolutamente inevitável.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma breve conclusão, tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa

Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Penso que foi muito importante

que o CDS dissesse aqui, claramente, que reconhece que esta decisão é mesmo má e prejudica mesmo as

populações.

O PSD tentou «pintar» a coisa de outra forma. Para o PSD, às tantas, as populações até deviam estar a

saltar de alegria por perderem o comboio ou qualquer coisa deste género.

Mas o CDS também deixou claro o que é que coloca à frente das populações: a troica!

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