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7 DE JANEIRO DE 2012

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Tem a palavra, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Sr.ª Presidente, agradeço-lhe, assim como agradeço a todas as bancadas o

tempo que me foi atribuído para dizer à Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia que é um direito constitucional que

assiste a cada português viver a realidade virtual que entender. A Sr.ª Deputada vive a sua e gosta de nos

fazer partilhar essa realidade virtual nestes debates, mas não a posso acompanhar nessa sua fantasia.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Posso, no entanto, dar-lhe uma resposta muito concreta: não faz parte das intenções do Governo propor,

durante o ano de 2012, qualquer outro aumento das taxas moderadoras na saúde. E, Sr.ª Deputada, não

tenho intenção de fazer qualquer outra demagogia à volta da questão das taxas moderadoras.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, termina aqui o nosso debate quinzenal com o Sr. Primeiro-Ministro.

Vamos entrar no período regimental de votações.

Antes de mais, vamos proceder à verificação do quórum de deliberação, utilizando o cartão eletrónico.

Os Srs. Deputados que, por qualquer razão, não o puderem fazer, terão de o sinalizar à Mesa e depois

fazer o registo presencial, para que seja considerada a respetiva presença na reunião.

Pausa.

O quadro eletrónico regista 206 presenças, às quais se acrescentam 14, perfazendo 220 Deputados, pelo

que temos quórum para proceder às votações.

Srs. Deputados, vamos apreciar o voto n.º 35/XII (1.ª) — De pesar pelo falecimento do antigo Deputado

Walter Cudell (CDS-PP).

Tem a palavra o Sr. Secretário para proceder à respetiva leitura.

O Sr. Secretário (Abel Baptista): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

Se a política, no mais nobre sentido do conceito, reclama dos que a exercem virtudes cívicas e serviço do

interesse nacional, esse traço foi particularmente marcante nos que se mobilizaram para a atividade politica no

período particularmente intenso de 1974/76, que correspondeu à fundação do regime democrático e aos

tempos, frequentemente muito duros, do período revolucionário. Nada tinham a ganhar para si próprios. E

muito arriscavam perder.

Walter Francisco Burmester Cudell foi um desses. Empresário, cidadão respeitado da cidade do Porto, foi

um dos primeiros do Partido do Centro Democrático Social no Norte do País.

Cedo abraçou apaixonadamente a causa do CDS e dos valores do personalismo e da democracia-cristã,

de que seria um dos mais ativos intérpretes no Porto nos primeiros anos da nossa democracia. Não se

intimidou com a violência dos que boicotaram o I Congresso do CDS na sua cidade do Porto, em janeiro de

1975. Assim como não se intimidou com a brutalidade dos que fizeram detonar uma bomba à porta da sua

própria casa, na rua do Padrão, em 7 de abril de 1976, no início da campanha eleitoral para as primeiras

eleições legislativas democráticas de Abril, em que foi candidato eleito.

Walter Cudell foi um estimado e respeitado dirigente local do CDS, sempre calmo e bem-humorado diante

da adversidade, tenaz e coerente na afirmação dos princípios humanistas em que militou. Deu testemunho

exemplar de se guiar constantemente na política pelo interesse público e pela busca do bem comum.

Eleito Deputado em 25 de abril de 1976, serviu na Assembleia da República durante toda a I Legislatura

até janeiro de 1980, onde foi particularmente ativo nas matérias de negócios estrangeiros e emigração, do

equipamento e ambiente, dos assuntos europeus e do trabalho e, bem assim, nas respetivas comissões

parlamentares especializadas. A lisura e a cordialidade do seu trato fizeram de Walter Cudell um dos

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