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20 DE JANEIRO DE 2012

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O Sr. João Oliveira (PCP): — Bem lembrado!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — O Sr. Deputado chama a estas «declarações de guerra», que não podem ter

outro nome, estudar o setor dos transportes, invocando, por exemplo, os investimentos no Metropolitano de

Lisboa como justificação para encerrar carreiras da Carris, mas ignora esses investimentos como um fator de

atratividade que trará mais passageiros e mais receita, a qual ficará esquecida, certamente, mesmo que o

Metropolitano abra, por exemplo, uma ligação ao aeroporto! Tudo isso é uma coisa completamente irrelevante

para o Sr. Deputado, que continua, alegremente, a estudar o setor dos transportes, nomeadamente a forma de

encerrar o setor público e de favorecer o setor privado.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Esse é que é o estudo que o Sr. Deputado veio aqui defender!

Sr. Deputado, o que temos para lhe contar é que esta semana estivemos no barco da Transtejo que partiu

às 7 horas e 50 minutos e fez a ligação Seixal/Lisboa, onde falámos com os utentes e ouvimos as razões de

queixa — justíssimas! — que têm para se insurgirem contra uma medida preconizada nisso que o Sr.

Deputado qualifica como estudo do setor dos transportes, que é recuar 25 anos!

Vozes do PCP: — Muito bem!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — É recuar ao tempo em que o PSD chegou ao governo, em 1985, altura em que

a Transtejo estava financeiramente equilibrada e a partir do qual começou a derrapar financeiramente, caindo

a cair na situação em que hoje se encontra.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É verdade!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Têm memória curta!

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Há 25 anos, não havia a oferta que há hoje, mas havia uma empresa

equilibrada Fruto sabe do quê, Sr. Deputado? Digo-lhe: fruto das nacionalizações do setor, que o equilibraram

e modernizaram, garantindo às populações uma oferta que os senhores querem destruir.

Risos do Deputado do CDS-PP João Pinho de Almeida.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Agradeço que termine, Sr. Deputado.

O Sr. Bruno Dias (PCP): — Terminarei, Sr. Presidente.

Porque a verdade, por muito que seja incómoda para alguns Srs. Deputados e os faça rir pela sua própria

ignorância, tem de ser aqui relembrada e os Srs. Deputado têm que ser confrontados com ela.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Tem a palavra, para pedir esclarecimentos, o Sr. Deputado Hélder

Amaral.

O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Bruno Dias, V. Ex.ª trouxe aqui um tema

importante mas, como sempre, lamentavelmente (até para desilusão minha, porque tenho por si grande

consideração e sei que percebe da matéria), trouxe uma discussão deslocada.

Se era falar das greves anunciadas e para «puxar» por elas, não precisava de ter incluído um tema tão

importante nesse anúncio de greve. Se era para vir fazer algum delírio sobre Pinochet, o Chile e,

eventualmente, sobre outros assuntos, também não precisava de ter incluído na sua declaração uma matéria

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