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20 DE JANEIRO DE 2012

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tinha, ou não, impactos paisagísticos fortes e qual a avaliação que fazia. O mesmo é dizer que o Ministério do

Ambiente considera que tudo aquilo é normal e que não tem nada a dizer sobre a matéria.

Agora, peço às Sr.as

e Srs. Deputados que observem a fotografia que aqui vos expomos [Imagem 3] e que

reflitam sobre se esta intervenção na Barragem da Bemposta tem, ou não, impactes visuais e paisagísticos,

relevantes e visíveis, de diversíssimos pontos, numa área bastante abrangente do Parque Natural.

E tudo isto mesmo quando — reparem, Sr.as

e Srs. Deputados! — o Plano de Ordenamento do Parque

Natural do Douro Internacional tem várias disposições, nele contidas, que remetem para a valorização das

características paisagísticas e para a harmonização da ação humana, com o valor da paisagem, focando, até,

a necessidade de correção de processos que possam afetar valores naturais, como é, seguramente, o caso da

paisagem. Mas o Ministério do Ambiente a nada se opôs e de nada quer saber.

Em declarações públicas, um responsável da EDP deu a entender que o paredão é da EDP, que já lá está

e que a EDP fará dele o que bem entender. Este País, Sr.as

e Srs. Deputados, está nestes termos: a EDP quer

e assim será!, até neste exemplo caricato que, hoje, aqui vos trouxemos!

Sr.as

e Srs. Deputados, a EDP, que gasta milhares e milhares de euros em publicidade enganosa para

limpar a sua imagem de delapidadora ambiental; a mesma EDP que gasta 150 milhões de euros nesta pintura;

a mesma EDP que vai pagar, mensalmente, a Eduardo Catroga mais de 45 mil euros…; a mesma EDP que

suga os consumidores portugueses, com faturas cada vez mais elevadas, pelo aumento constante do preço da

eletricidade!

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — É verdade!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — A questão de que temos de nos consciencializar é a de que

somos todos nós, consumidores, que pagamos estas intervenções absurdas e estes ordenados escandalosos,

através da nossa fatura da eletricidade.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — É por isso que temos o direito e o dever de contestar,…

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr.a Deputada, o seu tempo esgotou-se. Peço-lhe que conclua.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Concluo, Sr. Presidente, dizendo que temos o direito e o dever de

contestar, mesmo que nos digam que agora a EDP é uma empresa privada e que, portanto, paga o que

entender e a quem entender. É porque, «verdade, verdadinha…», nós é que pagamos, como consumidores,

na nossa fatura, estas atrocidades!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — É importante termos essa consciência, porque é também «por

estas e por outras» que a fatura da eletricidade que pagamos não para de subir.

Fica aqui a denúncia feita por Os Verdes e a procura de sensibilização do Parlamento para estas questões!

Aplausos do Deputado de Os Verdes José Luís Ferreira.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — A Mesa não regista qualquer pedido de esclarecimentos à oradora,

pelo que passamos a nova declaração política, agora, do Deputado Duarte Filipe Marques. Tem a palavra, Sr.

Deputado.

O Sr. Duarte Filipe Marques (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O acordo da concertação

social, esta semana alcançado, pode ter evitado uma guerra entre gerações.

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