O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 66

44

Com a destruição ou modificação dos ecossistemas vem a perda de biodiversidade, a degradação da

qualidade de vida humana e o agravamento da saúde das pessoas. Com a erosão dos solos, sectores

económicos como a agricultura e algumas industrias têm a sua atividade em risco.

A proteção da água — recursos marinhos e lacustres — deve constituir uma prioridade, uma vez que a

água é um recurso natural escasso e essencial à vida humana e preservação das espécies.

Por outro lado, focar a nossa atenção sobre as florestas é hoje um imperativo a que não nos podemos

furtar, uma vez que estas constituem o principal sumidouro natural de dióxido de carbono, sendo assim um

contributo importante no combate às alterações climáticas.

As políticas ambientais não podem estar dissociadas das outras. São transversais a grande parte das

decisões políticas, em particular dos transportes à energia, à agrícola e à indústria, as quais contribuem para

uma escorreita política ambiental.

Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: O projeto de lei que agora apresentamos, resistindo à tentação de

desenvolver aprofundadamente os institutos e expurgando a sua regulação excessiva, visa estabelecer

verdadeiras bases da política do ambiente que resistam ao teste do tempo. Esse é, talvez, um dos maiores

desafios, tendo como ponto essencial a garantia de não retroceder ao nível da proteção do ambiente e dos

direitos reconhecidos aos cidadãos constantes na atual Lei de Bases do Ambiente.

Existe a necessidade de dotar o País de uma nova Lei de Bases do Ambiente, mas a urgência não pode

alienar um princípio fundamental, o da participação.

A importância desta temática exige que qualquer alteração desta Lei de Bases seja precedida de uma

ampla discussão pública, que deverá envolver os decisores políticos, as organizações não-governamentais, a

sociedade civil e a comunidade científica, de forma a poder refletir as opções atuais e futuras da sociedade

portuguesa.

O Grupo Parlamentar do PS procura encontrar um amplo consenso para a nova lei de bases do ambiente,

que queremos que seja uma lei moderna, inovadora e um instrumento capaz de cumprir os objetivos dos

novos desafios que se colocam ao ambiente. Por isso, estamos abertos a todos os contributos e às diligências

de todos e empenhados em alcançar um amplo consenso para atingirmos esse objetivo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente (Ferro Rodrigues): — Sr. Deputado, tem um pedido de esclarecimento da Sr.ª Deputada

Ângela Guerra, a quem dou a palavra.

Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Ângela Guerra (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, é inegável que, volvidos 25 anos

sobre a entrada em vigor da Lei n.º 11/1987, Portugal se depara com realidades e inovações aos vários níveis

e dispõe de um extenso quadro jurídico-institucional em matéria de política ambiental.

Assim, no entender do PSD, a Lei de Bases do Ambiente (LBA) carece de atualização para que melhor se

possa cumprir o papel de enquadramento global do ordenamento jurídico ambiental, estabelecer articulações

efetivas entre o direito ambiental e a Lei de Bases do Ambiente do Território e Urbanismo e outros planos

estruturais, e ainda programar-se uma visão de futuro para a política ambiental em Portugal, para o

desenvolvimento humano e a qualidade de vida das gerações vindouras.

Importa também incorporar conceitos até ausentes da Lei em vigor e que, dada a sua crescente relevância,

justificam a sua autonomização, o seu tratamento atento individualizado.

O Grupo Parlamentar do PS veio hoje, aqui, apresentar uma iniciativa considerando exatamente o que

referi, onde entende que a atual Lei de Bases, à época uma das mais avançadas da Europa — e com isto se

congratula o meu grupo parlamentar, porque foi um diploma elaborado e aprovado aquando da governação do

PSD —, carece hoje de uma profunda revisão, que passa por uma ponderação sobre as políticas de ambiente

e as diversas opções que se apresentam a Portugal.

Entende também o PS, com esta iniciativa, a qual, basicamente, é uma reposição da proposta de lei do

anterior governo com pequeníssimas alterações, que deverá existir uma ponderação mais vasta sobre as

políticas públicas e ser-se capaz de preparar a evolução futura. Com isto concorda o PSD.

Páginas Relacionadas
Página 0037:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 37 Sempre que descontinuamos uma linha ferroviária por conta
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 66 38 29/XII (1.ª) — Lei de Bases do Ambiente (Os Ve
Pág.Página 38
Página 0039:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 39 formas de produção renováveis. Renováveis é o que propomo
Pág.Página 39
Página 0040:
I SÉRIE — NÚMERO 66 40 projeto de lei do Bloco de Esquerda para uma n
Pág.Página 40
Página 0041:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 41 do ambiente. Assim, os direitos e os deveres dos cidadãos
Pág.Página 41
Página 0042:
I SÉRIE — NÚMERO 66 42 O Sr. Maurício Marques (PSD): — A proposta que
Pág.Página 42
Página 0043:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 43 geração, no combate às alterações climáticas, na conserva
Pág.Página 43
Página 0045:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 45 No que se refere a princípios gerais, são introduzidos, c
Pág.Página 45
Página 0046:
I SÉRIE — NÚMERO 66 46 âmbito da qual o direito a um ambiente humano
Pág.Página 46
Página 0047:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 47 território pela sua ocupação tradicional. Pelo contrário,
Pág.Página 47
Página 0048:
I SÉRIE — NÚMERO 66 48 O Sr. Altino Bessa (CDS-PP): — No caso
Pág.Página 48
Página 0049:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 49 Assim, lamentavelmente, por inércia na sua renovação, a L
Pág.Página 49
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 66 50 A Sr.ª Margarida Neto (CDS-PP): — … em detrime
Pág.Página 50
Página 0051:
2 DE FEVEREIRO DE 2012 51 Esta é a primeira nota que gostaria de deixar, porque, só
Pág.Página 51
Página 0052:
I SÉRIE — NÚMERO 66 52 A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): —
Pág.Página 52