O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 67

44

Quando o atual Governo tomou posse conhecia, e conhece, esta realidade e entendeu — e muito bem,

aliás, ninguém lhe retira legitimidade política e democrática para tal — suspender um plano que tinha sido

definido com o governo do Partido Socialista no sentido de viabilizar e refundar esta organização.

O Governo suspendeu-o — aliás, com alguma crítica feita em tom satírico em relação à proposta que

estava em cima da mesa, que seguramente podia ser melhorada —, mas anunciou que seria apresentada, a

curto prazo, uma nova proposta, com melhores soluções para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Passados seis meses, Sr.as

e Srs. Deputados, está demonstrada a incapacidade total para apresentarem

um plano e a única coisa que se percebe dos discursos dos seus atores políticos é que estão a preparar a

situação para o encerramento.

Ora, o Partido Socialista discorda profundamente, não aceita e não participa deste cenário.

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo devem ser apoiados neste momento com o que se recomenda

no projeto de resolução, isto é, com as verbas necessárias para a aquisição de matérias-primas, maquinaria e

pagamento de salários indispensáveis aos trabalhadores.

Apelamos, portanto, aos Deputados do CDS e do PSD para que viabilizem este oportuno e adequado

projeto de resolução, independentemente da apresentação do seu plano de revitalização, sendo essa a única

solução que devem apresentar para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

Por último, antecipando já as críticas em relação ao passado recente da ação do governo do Partido

Socialista nos Estaleiros Navais, devo dizer, contudo, que nunca houve salários em atraso e apresentaram um

plano para revitalizar e refundar aquela organização, pelo que apelo aos Srs. Deputados, em particular aos

que foram eleitos pelo distrito de Viana de Castelo, Abreu Amorim, Eduardo Teixeira, Rosa Areja, Abel Batista

para que façam agora a vossa parte: influenciem o Governo que é vosso para que sejam disponibilizadas de

imediato as verbas necessárias para não pôr em causa a construção dos navios asfalteiros, o principal da

carteira de encomendas desta organização.

Esse é, neste momento, o vosso papel e esperamos que estejam disponíveis para o efeito.

Aplausos do PS.

A Sr.ª Presidente (Teresa Caeiro): — Para uma intervenção, tem a palavra a Sr.ª Deputada Mariana

Aiveca.

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados, as minhas primeiras palavras vão

para os trabalhadores aqui presentes e, através deles, para todos os outros que, em Viana do Castelo e pelo

País inteiro, não só têm sabido defender os seus postos de trabalho, o seu salário, a sua vida e dignidade das

suas famílias, como também têm apresentado soluções para uma empresa de excelência, vital não só para a

região onde se integra mas também para o País.

Não importa, hoje, misturar toda a história e fazer aqui, como fez o Sr. Deputado Carlos Abreu Amorim,

uma série de considerações, dizendo até — veja-se só — que o que estamos a discutir é política, aquela coisa

que não interessa nada… Sr. Deputado, valha-nos quem, com essas afirmações?

O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Pode ser Deus!

A Sr.ª Mariana Aiveca (BE): — Objetivamente, estamos a discutir política.

Aliás, o Sr. Deputado esteve na audição do Sr. Presidente da EMPORDEF, na Comissão de Defesa, onde

estiveram muitos Srs. Deputados e Sr.as

Deputados aqui presentes, que disse claramente que o problema dos

Estaleiros Navais, neste preciso momento, é o da necessidade de haver uma injeção de 3 milhões de euros

que permitam comprar o material necessário para que a encomenda dos dois navios asfalteiros avance,

permitindo que estes trabalhadores tenham trabalho nos próximos três anos.

Mas o que o Sr. Presidente nos disse foi que, basicamente, não podia fazer nada, porque tudo isto

dependia de uma decisão política. E o senhor sabe-o bem! Foi ou não uma decisão política o que fizeram no

Orçamento do Estado e que provocou asfixia na carteira de encomendas dos Estaleiros Navais de Viana?

O Sr. João Semedo (BE): — Muito bem!

Páginas Relacionadas
Página 0050:
I SÉRIE — NÚMERO 67 50 Pergunta-se pelas obras, ou porque não deixam
Pág.Página 50