I SÉRIE — NÚMERO 69
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O Sr. Vitalino Canas (PS): — Em conjunto, Sr.ª Presidente!
A Sr.ª Presidente: — Com certeza.
Tem a palavra, Sr. Deputado António Rodrigues.
O Sr. António Rodrigues (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Vitalino Canas, saúdo a sua
intervenção, bem como saúdo a discussão que aqui trouxe relativamente a esta matéria, principalmente
porque ela vem ao encontro daquilo que, de alguma forma, temos discutido ao longo dos últimos meses,
principalmente os considerandos que apresentou: a necessidade de haver rigor, a necessidade de termos
estabilidade nos nossos orçamentos, o cuidado e a cautela que todos temos de ter na gestão daquilo que é o
projeto europeu.
Saúdo-o também porque, na sequência do Conselho Europeu, o projeto de resolução do Partido Socialista
consagrou inteiramente tudo aquilo que vem consagrado nas conclusões do Conselho: o emprego, a
preocupação com o emprego jovem, o crescimento. Trata-se de preocupações a que nos associamos, não só
de agora, simplesmente há momentos para se fazerem as opções.
Os senhores, desde sempre, falaram de crescimento, esquecendo que para existir crescimento é preciso
haver primeiro investimento e construção — e só chegaram agora a essa conclusão. Nós dizemos, desde
sempre, que primeiro é preciso ter cuidado, cautela, rigor e depois crescimento. Foi isso que foi feito, foi isso
que foi consagrado, felizmente que agora está a ser construído.
Mas a pergunta que se impõe colocar é a seguinte: qual é a diferença entre aquilo que os senhores
advogam agora e aquilo que o Governo português defendeu até agora?
Qual é a diferença entre aquilo que os senhores preveem no vosso projeto de resolução e aquilo que o
Governo português já assumiu como a política para o futuro?
Em último lugar, qual vai ser a posição do Partido Socialista quando o tratado orçamental vier aqui a
Plenário? Vão estar de acordo com o Governo e com o resto dos países europeus ou vão também, como
outros, querer estar de fora e não concordar com aquilo que é o futuro deste País?
Aplausos do PSD.
O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Qual é que há de ser?! A favor!
Entretanto, assumiu a Presidência a Sr.ª Vice-Presidente Teresa Caeiro.
A Sr.ª Presidente: — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Lino
Ramos.
O Sr. José Lino Ramos (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Vitalino Canas, vem o PS, em
síntese, recomendar ao Governo e a todas as instituições europeias a adoção de medidas e programas de
promoção do crescimento económico e criação de emprego, particularmente do emprego jovem; concentração
de esforços na promoção de políticas e de medidas tendentes ao crescimento económico e emprego;
exortação à prossecução do diálogo relativo aos mecanismos de regulação económica. Esta é a síntese do
projeto de resolução do PS.
O CDS não tem qualquer problema em acompanhar genericamente estas preocupações e aspirações que
o PS refere nesta recomendação.
Mas, Sr. Deputado — e esta é a questão central —, esta não é apenas uma preocupação do PS, nem do
CDS, é uma preocupação do Governo, é uma preocupação das instituições europeias e de todos os Estados-
membros que acompanham estas preocupações.
Mais, não só têm essa preocupação, como a fizeram constar em medidas concretas e objetivas que se
encontram evidenciadas nas últimas conclusões do Conselho Europeu.
Verificada a circunstância de o PS comungar e partilhar das preocupações dos membros do Conselho
Europeu e das suas conclusões e medidas adotadas — que saudamos genuinamente —, e que só reforça, de