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18 DE FEVEREIRO DE 2012

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O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem a palavra a Sr.ª Deputada Heloísa Apolónia.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, estava a perguntar, em jeito

de aparte, ao Sr. Primeiro-Ministro, «então, e a resposta ao amianto?». E o Sr. Primeiro-Ministro estava a

acenar com a cabeça a dizer que não tinha percebido, mas, pelos vistos, já percebeu.

Sr. Primeiro-Ministro, volta a não ter tempo para me responder, não é verdade? Nesta Casa, há coisas de

que lhe convém não falar, designadamente sobre as responsabilidades do Governo… Às vezes dá ideia de

que o Sr. Primeiro-Ministro é muito piegas…

Risos do PS e do PCP.

O Sr. Primeiro-Ministro: — Prometo corrigir!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Queixa-se muito! É muita pieguice, Sr. Primeiro-Ministro.

Mas este Parlamento e este País precisam de respostas concretas, Sr. Primeiro-Ministro. E também

precisam de um Governo que perceba qual é a verdadeira realidade do País, que não seja muito ilusionista.

O Sr. Primeiro-Ministro está a caminhar num sentido perigoso. É que não está a observar bem o

sentimento dos portugueses nem as condições que está a transportar para a vida dos portugueses, que são

verdadeiramente cruéis e difíceis! Está a construir um País extraordinariamente difícil, mas entretanto, quando

vem discursar ou debater na Assembleia da República, dá a ideia de que não é esse o País em que estamos a

viver! E o pior que um governante pode fazer, Sr. Primeiro-Ministro, é alhear-se da verdadeira realidade do

País.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Portanto, fiquei preocupada com a resposta que deu

relativamente à função pública! É que, de facto, as pessoas podem ir do Algarve para Trás-os-Montes! E

aquilo que o Governo lhes vai propor é que levem toda a família atrás ou, então, que promovam uma

desestruturação familiar, afastando os membros da família, designadamente quebrando o acompanhamento

necessário do núcleo familiar! Mas o Governo não quer saber disso!

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr.ª Deputada, tem de concluir.

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — Estou mesmo a terminar, Sr. Presidente.

Tal como sucedeu ontem, quando o Governo aqui apresentou uma proposta altamente cruel, a lei do

arrendamento, na qual prevê que se as pessoas se atrasarem um bocadinho no pagamento da renda podem

ser despejadas! Então o Sr. Primeiro-Ministro não tem noção de que, atualmente, há orçamentos familiares

que não chegam até ao final do mês?

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

A Sr.ª Heloísa Apolónia (Os Verdes): — As pessoas, muitas vezes, têm que optar entre pagar a habitação,

a saúde ou até a alimentação, Sr. Primeiro-Ministro, pelo que é de uma crueldade absoluta aquilo que propõe.

Designadamente no momento que estamos a viver, o Governo não podia apresentar este tipo de propostas à

Assembleia da República!

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Tem agora a palavra o Sr. Deputado Nuno Magalhães.

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