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I SÉRIE — NÚMERO 76

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outras, que poderíamos aqui apontar e, nesse sentido é, efetivamente, desprezar o interior, desprezar as

populações, com critérios que nem sequer são verdadeiramente compreensíveis.

A segunda questão, Sr. Deputado, diz respeito a questões relacionadas com os profissionais da justiça. É

certo que a Sr.ª Ministra parece ter querido tranquilizar estes profissionais, mas quero perguntar-lhe se me

acompanha nesta questão do «é melhor ver claramente visto», porque, com o encerramento de tantos

tribunais, a verdade é que, a prazo, pode estar no horizonte uma perspetiva de despedimento. É que o quadro

de mobilidade forçada a que este Governo quer obrigar os prestadores de serviços públicos impõe que, a

prazo, façamos também esta equação do despedimento ao nível dos profissionais da justiça.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Sr.ª Deputada, queira concluir.

A Sr.ª Cecília Honório (BE): — Vou concluir, Sr. Presidente.

Por outro lado, apesar de a sua intervenção ter sido de uma enorme pertinência, não foi totalmente

compreensível se, no atual contexto, aquilo que é mais pesado para o Partido Socialista é a falta de critério, a

arbitrariedade das soluções apontadas para o mapa judiciário, ou esta espécie de amuo pelo facto de o

Partido Socialista não ter sido convidado para este consenso que tanto desejou, como transpareceu da sua

declaração.

O Sr. Presidente (António Filipe): — O Sr. Deputado Ricardo Rodrigues responderá conjuntamente aos

dois pedidos de esclarecimento finais.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Teresa Leal Coelho.

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Ricardo Rodrigues, pergunto-lhe onde é

que o Sr. Deputado e os Deputados dessa bancada estavam no dia 17 de maio de 2011, quando se assinou o

Memorando com a troica.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — O que pergunto a essa bancada é se estão dispostos a assumir o

compromisso que firmaram, em maio de 2011, se estão dispostos a aproximar-se das populações, a resolver

os problemas dos portugueses, no quadro que criaram, na sequência de seis anos de governação e da

adoção de um Memorando que impõe reformas e, necessariamente, nesta matéria, uma reforma com o

objetivo de proceder a um mapa judiciário que seja mais próximo dos cidadãos e mais adequado àquilo que é

a realidade de Portugal nos tempos que correm.

Penso que é ténue a fronteira entre o oportunismo político e a oportunidade política.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Esta intervenção será muito útil se os senhores quiserem dialogar

com o PSD, o CDS-PP e os restantes partidos com assento neste Parlamento para podermos cumprir aquilo

que os senhores impuseram a Portugal.

Vozes do PSD: — Muito bem!

A Sr.ª Teresa Leal Coelho (PSD): — Foram os senhores que impuseram a Portugal a necessidade de

cumprir o Memorando da troica. Foram os senhores que impuseram a Portugal a necessidade de recorrer a

financiamento externo.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Foram os senhores que afastaram os governos em que participaram das populações que temos de servir.