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I SÉRIE — NÚMERO 77

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A sua relação com os partidos nem sempre foi pacífica, mas a política ao serviço das pessoas foi uma

constante na sua vida.

Manuel Coelho dos Santos fez da sua vida uma referência de participação cívica, fez parte de uma elite

dos grandes homens, e «os grandes homens morrem duas vezes, uma como homens outra como grandes.

Manuel Coelho dos Santos morreu como homem, mas como grande continua entre nós».

Manuel Coelho dos Santos deixou-nos.

Neste momento de luto, a Assembleia da República exprime o mais sentido pesar pelo seu falecimento e

apresenta à sua família as mais sentidas condolências.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Srs. Deputados, vamos, então, proceder à votação.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Segue-se a apreciação do voto n.º 45/XII (1.ª) — De pesar pelo falecimento do ex-Deputado do PS

Francisco Igrejas Caeiro (PS). Peço à Sr.ª Secretária para proceder à sua leitura.

A Sr.ª Secretária (Rosa Maria Albernaz): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

Faleceu, no passado dia 19 de fevereiro, aos 94 anos, Francisco Igrejas Caeiro. O caráter afável e fraterno

e, sobretudo, o testemunho de uma vida baseada na generosidade e entrega às causas da liberdade e da

democracia, fizeram de Igrejas Caeiro uma personalidade ímpar que granjeou o respeito e a admiração dos

seus companheiros e adversários políticos.

Considerado um dos nomes mais marcantes e populares da cultura, da rádio, do teatro, do cinema e da

televisão em Portugal, Igrejas Caeiro foi perseguido pela ditadura do Estado Novo, tendo-se destacado pela

afirmação dos seus ideais e valores e pelo contributo cívico que deu no seu País.

Estreou-se em Lisboa, no ano de 1940, no Teatro Nacional D. Maria, de onde viria a ser expulso, devido às

suas posições antifascistas. Entre as suas obras, contam-se a atuação no filme Camões, de Leitão Barros, em

1946, e a produção dos populares programas de rádio Os Companheiros da Alegria e Comboio das seis e

meia, nos anos 50 do século XX.

Em 1969, fundou e dirigiu o Teatro Maria Matos, em Lisboa, inaugurado com a peça Tombo no Inferno, de

Aquilino Ribeiro.

Militante do Partido Socialista, foi Deputado à Assembleia da República e vereador da Câmara Municipal

de Cascais. Além disso, Igrejas Caeiro foi, também, diretor de programas da Emissora Nacional de Radiofusão

(RDP).

A Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) atribui-lhe o Prémio de Consagração de Carreira em 2005 e

também a Medalha de Honra, dedicando-lhe uma grande exposição retrospetiva em 2007. Mesmo debilitado,

Francisco Igrejas Caeiro acompanhou as atividades da SPA até quase ao final da sua vida.

Por todas estas razões, e mais as que não cabem num voto de pesar, a Assembleia da República evoca a

memória de Francisco Igrejas Caeiro e apresenta à sua família e à Sociedade Portuguesa de Autores, as suas

sentidas condolências.

O Sr. Presidente (António Filipe): — Vamos proceder à votação do voto de pesar que foi lido.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Srs. Deputados, vamos guardar 1 minuto de silêncio em memória destes dois ilustres ex-Deputados

falecidos.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Vamos passar, agora, à apreciação de três votos de congratulação.

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25 DE FEVEREIRO DE 2012 39 O primeiro é o voto n.º 42/XII (1.ª) — De congratulação
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