O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2 DE MARÇO DE 2012

45

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Bem pode o PS agora fingir não apoiar, como fez ainda há pouco, a

imposição do Governo para a reforma administrativa do território, mas terá de assumir a responsabilidade de

ter sido ele próprio a iniciar e a conduzir esse processo em Lisboa. São ilustrativas as palavras que acabámos

de ouvir do Partido Socialista, que acaba de nos dizer que a reorganização que preconiza para a cidade de

Lisboa só terá enquadramento se aquela que o PSD quer impor ao País for avante.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Exatamente!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Os habitantes de Lisboa contam com o PCP na Assembleia da República,

nas freguesias, na Assembleia Municipal e na Câmara Municipal para dar combate a mais este projeto de

desfiguração do poder local democrático.

O Sr. António Leitão Amaro (PSD): — Eles concordam! Eles querem!

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Queremos uma adaptação administrativa que dê resposta aos problemas

das pessoas, e não aos caprichos do PS e do PSD.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado José Luís Ferreira.

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Quero aproveitar para, em

nome da direção de Os Verdes, saudar o Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, a Sr.ª Presidente da

Assembleia Municipal de Lisboa e os autarcas de Lisboa presentes nas galerias, como o Presidente da Junta

de Freguesia de Santo Estevão, o Presidente da Junta de Freguesia de Carnide, bem como os restantes.

Estamos a discutir a divisão administrativa de Lisboa e deparamo-nos, para além das iniciativas do Bloco

de Esquerda, com duas iniciativas legislativas, uma do bloco central, do PS e do PSD, e outra do CDS, ambas

a proporem um novo mapa para Lisboa. Ambas têm também em comum o propósito de reduzir o número de

freguesias da cidade de Lisboa. No caso do projeto de lei do CDS-PP, passaríamos de 53 para 11 freguesias

e, no caso do projeto de lei do bloco central, passaríamos de 53 para 24 freguesias.

Sobre a proposta do PS/PSD, Os Verdes registam, de facto, a preocupação dos autores com a

necessidade de mais competências próprias para as juntas de freguesia e de mais meios para que prestem

mais serviços de proximidade, mas não deixamos de estranhar a coincidência de os autores da iniciativa

serem exatamente os mesmos que — um ou outro, ou ambos — têm estado no governo há 35 anos, mas só

agora se lembram dessa necessidade. Queríamos registar aqui este facto.

Depois, falam de mais serviços de proximidade, mas propõem reduzir de forma drástica o número de

freguesias. Ou somos nós que estamos a ver mal o «filme» ou, então, «não bate a bota com a perdigota»!

Impõe-se uma pergunta: desde quando é que a redução do número de freguesias é condição indispensável

para reforçar as competências próprias ou a atribuição de mais meios para as freguesias? Então, não é

possível fazer isso sem reduzir as freguesias? Claro que é! Claro que foi possível ao longo destes 35 anos!

E por que é que um novo mapa da cidade de Lisboa tem de implicar a redução de freguesias? Porque a

redução de freguesias foi o objetivo da reforma…

O Sr. Miguel Tiago (PCP): — Exatamente!

O Sr. José Luís Ferreira (Os Verdes): — … e não a consequência da discussão. A redução de freguesias

foi o motivo da reforma! Uma reforma séria deveria ter como objetivo o interesse dos lisboetas, e não a

redução de freguesias.

Faltou neste processo uma verdadeira discussão pública. O Sr. Deputado António Prôa falava da discussão

pública. A verdade — e agora vai também dizer que sim, porque é a verdade — é que, na Assembleia

Municipal, o PSD e o PS inviabilizaram uma proposta no sentido de prolongar a pobre discussão que se diz

pública. Foi feito um inquérito, ao qual responderam 7000 pessoas num universo de 500 000 lisboetas, e os

Páginas Relacionadas
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 79 8 Vamos, então, dar início ao segundo ponto da or
Pág.Página 8
Página 0009:
2 DE MARÇO DE 2012 9 líderes das suas comunidades e que se envolvam neste compromis
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 79 10 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!
Pág.Página 10
Página 0011:
2 DE MARÇO DE 2012 11 A Sr.ª Presidente: — Para pedir esclarecimentos, tem a
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 79 12 O Sr. Luís Fazenda (BE): — Sr.ª Presidente, Sr
Pág.Página 12
Página 0013:
2 DE MARÇO DE 2012 13 O Sr. Luís Fazenda (BE): — … e não é por se manterem o
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 79 14 O Sr. Hélder Amaral (CDS-PP): — Em suma, Sr. M
Pág.Página 14
Página 0015:
2 DE MARÇO DE 2012 15 Por um lado, diz-se que o Memorando — o tal que, aparentement
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 79 16 O Sr. Luís Montenegro (PSD): — E, Sr. Ministro
Pág.Página 16
Página 0017:
2 DE MARÇO DE 2012 17 Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Ministr
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 79 18 reorganização administrativa do País, não temo
Pág.Página 18
Página 0019:
2 DE MARÇO DE 2012 19 quatro nomes.» Verdadeiramente, estão a parodiar a identidade
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 79 20 Aplausos do BE. A Sr.ª Presidente
Pág.Página 20
Página 0021:
2 DE MARÇO DE 2012 21 Trata-se de uma pretensa reforma que o Governo quer fa
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 79 22 um novo quadro de ordenamento para o territóri
Pág.Página 22
Página 0023:
2 DE MARÇO DE 2012 23 objetivos finais. Ou seja, em tempos difíceis, é importante q
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 79 24 O Sr. Bruno Vitorino (PSD): — O PS dá o dito p
Pág.Página 24
Página 0025:
2 DE MARÇO DE 2012 25 O Sr. Mota Andrade (PS): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado, dei
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 79 26 Esta lei tem princípios muito claros e muitos
Pág.Página 26
Página 0027:
2 DE MARÇO DE 2012 27 O Sr. Carlos Abreu Amorim (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Minis
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 79 28 Aplausos do PSD e do CDS-PP.
Pág.Página 28
Página 0029:
2 DE MARÇO DE 2012 29 O Sr. José Junqueiro (PS): — Sr.ª Presidente, peço a p
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 79 30 A Sr.ª Presidente: — Para dar explicaçõ
Pág.Página 30
Página 0031:
2 DE MARÇO DE 2012 31 Deixe-me dizer-lhe o seguinte: não concordo com muitas das co
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 79 32 a sua intervenção. Importa apenas extinguir fr
Pág.Página 32
Página 0033:
2 DE MARÇO DE 2012 33 A metodologia que o Governo propõe deixa claro que só contam
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 79 34 papel de intervenção das autarquias locais é e
Pág.Página 34
Página 0035:
2 DE MARÇO DE 2012 35 querem a fusão, deverão fazê-lo, mas com referendos, porque d
Pág.Página 35
Página 0036:
I SÉRIE — NÚMERO 79 36 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Não?!
Pág.Página 36
Página 0037:
2 DE MARÇO DE 2012 37 Vozes do PSD: — Muito bem! O Sr. Luís Montenegr
Pág.Página 37
Página 0038:
I SÉRIE — NÚMERO 79 38 A Sr.ª Presidente: — Terminou o tempo d
Pág.Página 38