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I SÉRIE — NÚMERO 80

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A coragem, a frontalidade, a determinação e a lealdade eram traços marcantes da personalidade que

caraterizavam Manuel Laranjeira Vaz.

Homem sempre ligado à cidade do Porto, foi militante do Partido Socialista, Deputado à Assembleia da

República, eleito pelo círculo do Porto, nas II e III Legislaturas e exerceu também as funções de Chefe de

Gabinete do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. Além disso, Manuel Laranjeira Vaz foi Presidente da

Assembleia Municipal de Ovar.

A Assembleia da República, reunida em Plenário, evoca a memória de Manuel Laranjeira Vaz e apresenta

à sua família as mais sinceras condolências.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

O Sr. Secretário vai proceder à leitura do voto n.º 48/XII (1.ª) — De pesar pelo falecimento de Dona Maria

Adelaide Manuela Amélia Micaela Rafaela de Bragança, Infanta de Portugal (CDS-PP).

Tem a palavra, Sr. Secretário.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

Dona Maria Adelaide de Bragança, de seu nome completo, Dona Maria Adelaide Manuela Amélia Micaela

Rafaela de Bragança, nasceu em St. Jean de Luz, França, no dia 31 de janeiro de 1912. Estudou no colégio

de Sacré Coeur, em Riedenburg, tendo posteriormente casado, em 13 de outubro de 1945, em Viena, com o

médico de naturalidade holandesa Nicolaas van Uden. Em 1949, com 37 anos, Dona Maria Adelaide de

Bragança fixou residência na Costa de Caparica, onde veio recentemente, no dia 24 de Fevereiro, a falecer.

Dona Maria Adelaide de Bragança viveu em Viena, Áustria, trabalhando como enfermeira e assistente

social, onde integrou, veementemente, a resistência austríaca aos nazis e o voluntariado no auxílio aos feridos

dos bombardeamentos causados pelas tropas hitlerianas.

Devido a essa sua atitude, foi detida pelas tropas nazis e, consequentemente, condenada à morte, tendo

sido salva de fuzilamento pelo governo português de então.

Quando decidiu instalar-se de vez em Portugal, não abandonou as causas humanitárias e sociais, e

resolveu criar a Fundação Nun’Álvares, onde foi promotora infatigável do auxílio aos mais carenciados.

Em consequência da sua vida em prol dos outros, no passado dia 31 de janeiro, foi condecorada pelo

Presidente da República com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito Civil, na data em que celebrou o

seu centésimo aniversário.

Dona Maria Adelaide de Bragança teve, em toda a sua vida, uma destacável preocupação social e

humanitária, nunca deixando de olhar e de auxiliar, com os meios de que dispunha, muitas vezes arriscando a

própria vida, aqueles que mais precisavam, nunca se conformando quando presenciava injustiças.

A Assembleia da República manifesta o seu profundo pesar e consternação pelo desaparecimento de Dona

Maria Adelaide de Bragança e apresenta à sua família as suas sentidas condolências.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto.

Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.

Pedia aos Srs. Deputados que guardássemos 1 minuto de silêncio.

A Câmara guardou, de pé, 1 minuto de silêncio.

Vamos proceder às restantes votações regimentais.

Começamos por votar o projeto de resolução n.º 196/XII (1.ª) — Recomenda medidas que permitam

relançar a cultura beterraba sacarina em Portugal (PSD).

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3 DE MARÇO DE 2012 31 Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
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