O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

10 DE MARÇO DE 2012

15

O Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde: — … e sabemos ainda que a procura de

serviços de urgência é exatamente igual em fevereiro de 2012 e em fevereiro de 2011. Mais ainda: sabemos

que o número de consultas programadas tem vindo a aumentar e que a taxa de internamento apenas

aumentou ligeiramente, em 0,7%. Temos de olhar para os dados com seriedade para, com seriedade,

responder a perguntas que são efetivamente muito sérias.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Deputado Bernardino Soares para uma intervenção.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Secretários de Estado, Srs. Deputados: Queria

dizer, em particular à Sr.ª Deputada Teresa Caeiro, que não trazemos aqui nenhuma posição alarmista, mas

estamos alarmados.

E quem não estiver hoje preocupado com a situação que os portugueses vivem no tocante à saúde ou está

de má-fé ou, então, pelo menos, anda muito distraído, muito distraído.

Aplausos do PCP.

É porque não está em curso nenhuma melhoria de gestão. O que está em curso é o corte naquilo que de

essencial há no funcionamento dos hospitais. Os vários casos que têm vindo a ser divulgados são disso um

bom exemplo.

Não vale a pena dizer que está tudo a correr bem e que as pessoas estão a ser atendidas como merecem

e como têm direito, porque não é verdade e todos sabemos que não é verdade. Todos sabemos que não é

verdade!

Sabemos que há constrangimentos no acesso às urgências; que há gente acumulada em macas; que há

medicamentos cujo acesso não está disponibilizado como anteriormente; que há tratamentos que são

evitados; que há exames que são cortados e adiados. Sabemos que isso está a acontecer, e também

sabemos que há muitas pessoas que não estão a ir aos serviços de saúde, porque fazem as contas às taxas

moderadoras que terão de pagar.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Todos sabemos isso, todos sabemos! Não vale a pena fazer de conta

que esta situação não está a ocorrer. E também não vale a pena vir com a ideia de que não há dinheiro e que,

portanto, tem de ser assim.

Onde é que os senhores pensaram no problema das contas públicas quando entregaram o dinheiro ao

BPN?

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Onde é que os senhores pensaram no problema das contas públicas

quando entregaram o dinheiro à banca?

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Há 15 dias!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Onde é que pensaram nisso? Não pensaram! Só há problema nas

contas públicas quando é para cortar na saúde e em outras áreas essenciais. Porque a saúde das pessoas é

menos importante do que a saúde financeira dos que compraram o BPN por tuta e meia, com o apoio do

Estado.

Aplausos do PCP.

Páginas Relacionadas
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 83 20 O Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro
Pág.Página 20
Página 0021:
10 DE MARÇO DE 2012 21 quer ao nível da recuperação das instalações,
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 83 22 O Sr. Artur Rêgo (CDS-PP): — É evidente que no
Pág.Página 22
Página 0023:
10 DE MARÇO DE 2012 23 aquícola, nomeadamente aquele que agora querem
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 83 24 Aplausos do PSD e do CDS-PP. O Sr
Pág.Página 24
Página 0025:
10 DE MARÇO DE 2012 25 associações tenham condições para continuar a
Pág.Página 25