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I SÉRIE — NÚMERO 83

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O Sr. João Oliveira (PCP): — É uma vergonha, uma vergonha!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sabemos, hoje, que há pessoas que não têm transporte para ir aos

seus tratamentos, por não poderem pagá-lo; que não têm acesso a consultas de especialidade, porque há

uma lista de espera a aumentar; que não têm acesso a cirurgias essenciais… Isso está a acontecer, digam os

senhores o que disserem!

E, Sr. Secretário de Estado, para a próxima, quando quiser referir-se à intervenção do meu camarada

Jerónimo de Sousa, não leia só as notícias — coisa que criticou a outros —, mas veja, de facto, o debate,

porque não houve nenhuma referência ao pico da gripe. Repito: não houve nenhuma referência ao pico da

gripe!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Por acaso, é estranho que o Governo não tenha procurado nem

intervir, nem procurar rapidamente uma explicação para essa situação.

Nós sabemos que as situações têm de ser analisadas. Em saúde pública, não se podem tirar conclusões

precipitadas. Mas o Governo não se preocupou em tirar nenhuma conclusão, deixou andar, deixou andar… Foi

esta a postura do Governo em relação a esse pico da gripe.

O que o meu camarada Jerónimo de Sousa disse, e que agora vou repetir, é que, quando há medidas que

impedem as pessoas de ter acesso aos cuidados de saúde, isso significa que a sua saúde e a sua vida estão

a ser postas em perigo. Quando há medidas que impedem o acesso dos doentes crónicos à sua medicação,

porque não têm dinheiro para a pagar, e que, depois, ficam descompensados e precisam de ser tratados por

episódios agudos, isso significa tirar saúde e tirar vida a essas pessoas.

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Exatamente!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Os senhores podem não gostar de ouvir isto, mas esta é a realidade

concreta. E não é nenhuma acusação pessoal; é uma acusação à política que os senhores estão a seguir e,

enquanto a seguirem, vão ter de aceitar esta acusação que fazemos às consequências da vossa política.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — O Sr. Deputado Carlos Zorrinho pediu a palavra para que efeito?

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, é para defender a honra da bancada do Partido Socialista.

Vozes do PSD: — Ohhh…!

A Sr.ª Presidente: — Embora essa interpretação seja subjetiva, tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — Sr.ª Presidente, verá que é absolutamente objetiva.

Queria, nesta circunstância, dizer ao Sr. Secretário de Estado que nós não brincamos com coisas sérias,…

Vozes do PSD: — Ohhh…!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — … que nós não aceitamos lições de moral…

Vozes do PSD: — Ahhh…!

O Sr. Carlos Zorrinho (PS): — … de um Secretário de Estado que representa um Governo que tem

primado pela ausência em muitos dos debates fundamentais, nesta Assembleia.

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