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10 DE MARÇO DE 2012

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O Sr. Bernardino Soares (PCP): — São 320 milhões!

A Sr.ª Rita Rato (PCP): — Ora bem!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E ainda não sabemos exatamente, mas estima-se que seja à volta de

600 milhões de euros, os pagamentos da ADSE aos grandes hospitais privados, que continuam a ocorrer. Aí

está o dinheiro, que falta depois, aos hospitais públicos.

Vozes do PCP: — Ora bem!

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — E o que temos nas parcerias público-privadas na saúde? Temos um

Hospital de Loures com a urgência a funcionar com uma médica e quatro internos…! É isto a qualidade dos

cuidados de saúde que os senhores nos apresentam?!…

Temos um Hospital de Braga que não tem médicos nem macas suficientes para acolher os doentes na

urgência, já para não falar do «turbo-anestesista»…

Temos as unidades entregues ao setor privado, como é óbvio, a extorquir o máximo de dinheiro ao Estado,

prestando o mínimo de cuidados aos utentes. Sobre isso, o Governo não tem nenhuma preocupação…, não

há problema…! Esse dinheiro pode ir, não pode é ir para os hospitais públicos, que dele precisam para prover

aos seus serviços e para dar condições para que as pessoas sejam atendidas.

A Sr.ª Presidente: — Sr. Deputado, queira terminar.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Vou terminar imediatamente, Sr.ª Presidente.

Sr. Secretário de Estado, as pessoas não estão a ter os cuidados de saúde de que precisam. Pode não ter

o pico da mortalidade, já como reflexo de todas essas medidas, mas a prazo vai ter. É isso que queremos

prevenir, e é para isso que o Governo tem de entrar. Não podemos ter um país em que há um pacote mínimo

de cuidados, como dizia o programa do PSD, e ainda por cima, só para alguns, para aqueles que tiverem

dinheiro para ir comprá-lo ao setor privado.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: — Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado.

O Sr. Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde: — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados, Sr.

Deputado Bernardino Soares, muito obrigado pelas perguntas que me coloca.

Gostaria só de rebater aquilo que o Sr. Deputado João Semedo disse. Sr. Deputado, não ponha na minha

boca aquilo que eu não disse. Eu disse, exatamente, que tinha havido um pico de mortalidade e que,

seguidamente, estava a haver uma diminuição.

Risos do Deputado do BE João Semedo.

Temos a gravação disso! Dou-lhe os dados e digo-lhe mais, Sr. Deputado: no final do debate, vou distribuir-

lhe as curvas de mortalidade sazonais, ao longo dos anos, para vermos se em 2008 houve alguma «alma

penada» responsável pelo aumento de mortalidade e de expressão de vírus.

Mas, Sr. Deputado Bernardino Soares, só lhe queria dizer duas coisas muito importantes. O Sr. Deputado

disse — e muito bem! — que, na intervenção do outro dia, ninguém mencionou o pico da gripe. O que foi dito

foi que as pessoas morriam mais por culpa do Governo, que tinha cortes. É isso que refuto completamente.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — É a realidade!

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