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I SÉRIE — NÚMERO 83

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de exemplo, a imediata migração de operações que hoje são efetuadas na Euronext Lisboa, a diminuição do

volume de transações e, ainda, a consequente diminuição de liquidez que isso implicaria.

A Sr.ª Presidente: — Queira terminar, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Vera Rodrigues (CDS-PP): — Vou terminar, Sr.ª Presidente.

Mas, em alternativa, e com isto termino, Sr.ª Presidente, poderiam também o Bloco de Esquerda e o PCP

ter investido tempo a propor soluções exequíveis e que, sendo efetivamente ajustadas à nossa realidade,

pudessem contribuir para o problema de fundo que Portugal tem pela frente…

Protestos da Deputada do PCP Rita Rato.

… e que depende maioritariamente do seu esforço próprio, que é o corte estrutural da despesa do Estado e

do peso da dívida pública portuguesa. Isto, sim, teria merecido, certamente, o nosso aplauso e a nossa

aprovação.

Aplausos do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Sr.ª Deputada, peço desculpa por tê-la interpelado para terminar, mas não vi bem os

tempos e enquadrei, para mim, que dispunha apenas de 2 minutos.

Ainda para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Pedro Filipe Soares.

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Foi sem novidade que ouvimos

a argumentação por parte da direita neste debate. Sabemos que, sempre que toca a alguma proposta do

Bloco de Esquerda no mundo de toda a impunidade do setor financeiro, tudo é demagógico e em nada querem

mexer.

Mas demagógica será, com certeza, a resposta que esta direita terá de dar, por exemplo, ao Governo

português, que diz que se juntou à França e à Alemanha para fazer o pedido da taxa Tobin, a nível europeu.

Ah! Esta proposta já não será demagógica e inexequível nem irá atacar os mercados financeiros?!…

O Sr. João Pinho de Almeida (CDS-PP): — Não, porque é em toda a Europa! Se não percebe a diferença,

não vale a pena!

O Sr. Pedro Filipe Soares (BE): — Esta é a dupla cara da direita neste debate!

Temos de combater a impunidade, temos de combater a especulação. E quais são as propostas da direita

sobre esta matéria? Deixe-se estar como está! Deixe-se estar como está para a impunidade continuar e a

especulação não ser atacada. Neste debate não entramos, porque é este imobilismo que degrada a qualidade

da nossa democracia, traz a injustiça ao sistema fiscal e permite a fuga de capitais.

Por isso, estamos do lado dos portugueses. Venham, também, para este lado!

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Honório Novo.

O Sr. Honório Novo (PCP): — Sr.ª Presidente, Srs. Deputados: Quero sublinhar três ideias, a primeira das

quais é a de que os argumentos usados neste debate, de facto, não surpreendem ninguém. São os mesmos,

durante anos!

A direita e o Partido Socialista utilizam sempre os mesmos argumentos para rejeitar qualquer alteração na

tributação do sistema financeiro. O CDS, particularmente, não surpreende, nem o PSD, porque vem aqui,

novamente, fazer a defesa dos grandes interesses financeiros que provocaram a crise que o País atravessa.

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