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I SÉRIE — NÚMERO 83

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O quadro eletrónico regista 217 presenças, às quais se acrescentam 2, perfazendo 219 Deputados, pelo

que temos quórum para proceder às votações.

Srs. Deputados, vamos apreciar o voto n.º 49/XII (1ª) — De pesar pela morte de D. Manuel Falcão, Bispo

Emérito de Beja (PSD).

Tem a palavra o Sr. Secretário, para proceder à respetiva leitura.

O Sr. Secretário (Duarte Pacheco): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

«Morreu durante a noite, no seu quarto, na casa episcopal, dia 21 de Fevereiro, D. Manuel Falcão, Bispo

Emérito de Beja. Tinha 89 anos». Foi assim noticiada a morte de um dos portugueses que, nos últimos 30

anos, mais dedicou a sua vida ao cuidado dos pobres e desfavorecidos do Baixo Alentejo.

D. Manuel Franco da Costa de Oliveira Falcão nasceu a 10 de novembro de 1922, em Lisboa. Só depois da

conclusão do curso de Engenharia entrou para o Seminário, em 1945, tendo sido ordenado padre na diocese

de Lisboa. Distinguiu-se então na promoção dos estudos de sociografia religiosa, na criação e lançamento do

Secretariado das Novas Igrejas do Patriarcado e na criação do Secretariado de Informação Religiosa.

Procedeu ao primeiro recenseamento da prática dominical no Patriarcado e, ainda nos anos 50, quando

Lisboa conhecia o grande crescimento provocado pelo êxodo rural, fez o estudo do redimensionamento

paroquial da cidade, em colaboração com a Câmara Municipal. Por Bula de Paulo VI, datada de 6 de

dezembro de 1966, foi eleito bispo titular de Telepte e auxiliar da diocese de Lisboa. É referido como um dos

três nomes que, em 1971, seguiu para a Santa Sé para a escolha do novo Cardeal-Patriarca de Lisboa.

Seria nomeado, pelo Papa Paulo VI, bispo-coadjutor, sucessor do Bispo de Beja, chegando àquela diocese

em Janeiro de 1975. Desde o início e nos 19 anos em que esteve à frente da diocese de Beja, construiu

pontes com o poder político para atender sobretudo aos mais humildes. Merece também destaque a sua obra

na criação do Departamento do Património Histórico e Artístico em 1984 e na consolidação das bases

financeiras da diocese. Seria o primeiro bispo português a concluir o inventário patrimonial da sua diocese.

Resignando a 25 de Janeiro de 1999, D. Manuel Falcão decidiu continuar a viver em Beja. Querendo estar

sempre entre os últimos do povo, foi um dos seus primeiros.

A Assembleia da Republica manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento de um homem dedicado às

suas gentes, apresentando, à sua família enlutada, as suas condolências.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto.

Submetido à votação, foi aprovado, com votos a favor do PSD, do PS, do CDS-PP, do PCP, do BE e de Os

Verdes e a abstenção da Deputada do PS Isabel Alves Moreira.

Srs. Deputados, passamos a apreciar o voto n.º 51/XII (1.ª) — De pesar pelo falecimento da ex-Deputada

Isabel Sena Lino (PS).

Hoje, é, por isso, um dia particularmente triste para o nosso Parlamento. A Sr.ª Deputada partilhou

connosco a difícil aventura da política.

Manifesto ao PS, na pessoa do Sr. Deputado António José Seguro, em especial, e também à família, o

meu profundo pesar e o da Mesa. Tenho a certeza que todo o Parlamento se me associa.

Tem a palavra a Sr. Secretária, para proceder à leitura do voto.

O Sr.ª Secretária (Rosa Maria Albernaz): — Sr.ª Presidente e Srs. Deputados, o voto é o seguinte:

Faleceu, no passado dia 8 de março, aos 66 anos de idade, Isabel Sena Lino.

O caráter afável e fraterno e o testemunho de uma vida baseada na generosidade e na entrega às grandes

causas públicas fizeram de Isabel Sena Lino uma personalidade impar que granjeou o respeito e a admiração

dos seus companheiros e adversários políticos, quer na Região Autónoma da Madeira quer em todo o

Portugal.

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