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29 DE MARÇO DE 2012

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O Sr. João Semedo (BE): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado José de Matos Rosa, queria começar por

apresentar os meus cumprimentos e os do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda pela realização do

Congresso do Partido Social Democrata, que são extensivos aos novos membros dos órgãos eleitos nesse

Congresso.

Quero dizer-lhe que quem viu de fora o Congresso do PSD ficou com a sensação estranha de estarmos

perante o canal Memória, porque, na realidade, o Congresso do PSD, durante todos os seus trabalhos, foi

mais o Congresso de um partido que parecia estar na oposição, em clima de campanha eleitoral, contestando,

combatendo e contrariando a política de um Governo que já não governa — esse foi o seu traço mais

marcante.

Como se pode explicar, Sr. Deputado — e esta é uma questão que lhe dirijo diretamente —, que num país

em que a economia se afunda todos os dias, num país em que o desemprego se aproxima perigosamente de

um milhão de portugueses, num país em que a pobreza, todos os dias, é maior que no dia anterior, num país

em que cada vez um maior número de jovens emigram para arranjar meios para sobreviver e subsistir, o

partido que governa não tem uma proposta, um programa, uma resposta para estes tão importantes

problemas? Estes foram os problemas que marcaram presença pela ausência do debate e das medidas

concretas no vosso Congresso. Essa é que é a questão e essa é que é a marca do Congresso do PSD.

Sr. Deputado, espero as suas respostas, mas não será necessário ouvi-las para que o País compreenda

que este foi o Congresso de um partido que, no Governo, não tem política, não tem alternativa para resolver

nem os problemas do País, nem os problemas dos portugueses. Esta é uma política que não é alternativa para

o País sair da crise, e essa foi a imagem e a marca do Congresso que acabaram de realizar.

Aplausos do BE.

A Sr.ª Presidente: — Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado António Filipe.

O Sr. António Filipe (PCP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado José de Matos Rosa, queria apresentar os

nossos cumprimentos ao PSD pela realização do seu Congresso e a V. Ex.ª pela sua recondução como

Secretário-Geral do PSD.

O Sr. Deputado não levará a mal que lhe diga que a sua intervenção, aqui, nesta Assembleia, sobre o

Congresso do PSD, foi, de facto, muito em consonância com o conteúdo do próprio Congresso, ou seja, foi

politicamente vazia.

O Congresso do PSD foi uma fuga à realidade. Isto é, os senhores reuniram-se em Congresso e parecia

que se estavam a referir a um país que não é o País que todos os portugueses conhecem no seu dia a dia, na

sua vida.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Muito bem!

O Sr. António Filipe (PCP): — Foi, portanto, uma verdadeira fuga à realidade. Porque a realidade com que

os portugueses são confrontados é a realidade de 1,2 milhões de desempregados que existem no nosso País,

é a realidade dos 300 000 desempregados que não têm acesso a qualquer subsídio de desemprego, é a

realidade do aumento da pobreza, do empobrecimento das populações, de uma profunda recessão.

Olhando para esta realidade e para o que foi dito no Congresso do PSD, de facto, há algo que,

efetivamente, não coincide.

Como é que os senhores nos querem convencer, a nós, portugueses, que o País vai pagar os juros

usurários que os senhores aceitaram que a troica nos impusesse, com a economia no estado em que está, no

estado em que caminha, com a recessão profunda que já existe e cujo agravamento se anuncia ainda no

decurso deste ano e nos próximos. Como é que os senhores nos querem convencer?

Só que os senhores não questionam isso e o que fazem é passar as culpas para o Partido Socialista,

dizendo que não foram os senhores que assinaram o acordo com a troica. Fazem por esquecer que, na altura,

também aceitaram o acordo, dizendo que essa responsabilidade é do Partido Socialista.

Mas lembramos que o Partido Socialista, em 2005, quando chegou ao Governo, também dizia que a culpa

da situação em que o País se encontrava era do PSD, dos governos de Durão Barroso, do PSD e do CDS. E o

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