31 DE MARÇO DE 2012
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prevenindo a lesão irremediável de valores coletivos fundamentais. Começar por atacar o 1.º de Dezembro
entre os feriados civis seria o mesmo que atingir os feriados da Páscoa ou do Natal entre os feriados da matriz
e tradição católicas. Tudo absurdos inaceitáveis.
Não há boas alturas para eliminar o 1.º de Dezembro, o primeiro dos feriados, o feriado dos feriados, o
feriado fundador. Mas, numa altura em que Portugal sofre um contexto de soberania frágil, diminuída e
limitada, sujeitos que estamos a fortes compromissos e ditames externos, bem como a uma inspeção e
fiscalização por estrangeiros, este seria, de entre todos, o momento mais inoportuno e desastroso para o
fazer. Bem ao contrário, este é o momento para guardamos e exaltarmos o brio nacional, a nossa liberdade e
independência e todos os respetivos símbolos e marcos referenciais.
A indiferença política em que pretende banhar-se a eliminação do feriado nacional do 1.º de Dezembro, o
mais alto dos feriados patrióticos portugueses, é bem o sinal de que, efetivamente, estaremos a viver, em
Portugal, a maior, a mais profunda e a mais grave das crises nacionais de que há memória. Não o aceito. Não
me conformo.
O Deputado do CDS-PP, José Ribeiro e Castro.
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Nota: As declarações de voto anunciadas pelos Deputados do PS Sérgio Sousa Pinto e Pedro Delgado
Alves não foram entregues no prazo previsto no n.º 3 do artigo 87.º do Regimento da Assembleia da
República.
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Presenças e faltas dos Deputados à reunião plenária.
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