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I SÉRIE — NÚMERO 92

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O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Sr. Deputado, também gostaria de lhe dizer, claramente, que admito haver

erros. Mas o Sr. Deputado Agostinho Lopes foi muito menos agressivo do que é habito. Provavelmente, será o

próprio a reconhecer que poderá haver progressos evidentes.

O Sr. Agostinho Lopes (PCP): — Progressos?!…

O Sr. Pedro Lynce (PSD): — Embora não tivesse deixado de falar nos 30%…

Protestos do Deputado do PCP António Filipe.

Calma, Sr. Deputado!

Na situação em que o País está, são fundamentais os apoios da União Europeia.

Ainda lhe queria dizer que se fizermos um estudo comparativo entre o que foi feito agora e o que foi feito

em 2005, perdoe-me, Sr. Deputado, mas penso que o Governo tem razões para estar suficientemente

satisfeito com aquilo que foi possível fazer.

Não há dúvida de que há falhas, não há dúvida de que não estamos em situação de podermos, neste

momento, não pensar bem nas medidas que forem tomadas. E esta é a grande diferença: são medidas

rigorosas, mas são medidas para cumprir face à situação.

Sr. Deputado Abel Baptista, gostava que também falasse — provavelmente esqueceu-se — da utilidade

que já houve da PARCA (Plataforma de Acompanhamento das Relações da Cadeia Agroalimentar),

designadamente em relação aos resultados do leite. Já começámos a ver a respetiva indicação dos produtos

de marca branca e o local de origem e, simultaneamente, o INE a colocar já nas suas estatísticas o preço do

produtor e o preço do mercado. Ora, quem serão os grandes responsáveis por isto acontecer? Sem dúvida

que se deve à atuação do Governo.

Aplausos do PSD.

A Sr.ª Presidente: — Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Abel Baptista.

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Sr.ª Presidente, Sr. Deputado Pedro Lynce, muito obrigado pelas suas

questões.

Realmente, numa declaração política de 6 minutos, não conseguimos dizer tudo aquilo que o Governo tem

feito em prol da agricultura portuguesa, o que é significativo.

Vozes do CDS-PP: — É verdade!

O Sr. Abel Baptista (CDS-PP): — Portanto, é muito pouco tempo para dizer tudo o que seria necessário.

Em relação à PARCA, Sr. Deputado, começou-se por aquilo que era um problema muito complicado, que

era a questão do leite.

Hoje, temos muitos outros produtores, como por exemplo até em relação ao nosso «fiel amigo» bacalhau

— a Associação dos Industriais do Bacalhau —, a pedirem a intervenção da PARCA exatamente para se fazer

a autorregulação do seu trabalho, entre a indústria, a comercialização e a grande distribuição.

Há, efetivamente, trabalho que está a ser feito. O ciclo da vida humana é de nove meses; o Governo está

em funções há pouco mais de nove meses e já começou a «dar à luz» muito do que consta do seu Programa

do Governo.

Se compararmos a atividade deste Governo com o início da atividade do governo que estava em funções

em 2005, que se defrontou com uma seca exatamente igual, constatamos (vou só dar-lhe aqui alguns

números), por exemplo, o seguinte: relativamente a apoios nacionais para a seca em 2012 — 40 milhões de

euros; apoios para a seca em 2005 — 19 milhões de euros. Em relação ao apoio à pecuária, em 2012 está no

terreno; em 2005, chegou em setembro. Há, realmente, uma dinâmica diferente e um apostar diferente.