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I SÉRIE — NÚMERO 93

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de folga, a sua ideia de que estávamos com austeridade a mais, e provavelmente estaríamos numa situação

muito pior.

Aplausos do CDS-PP.

O que lhe quero pedir, Sr. Deputado, é se é capaz de dizer, olhos nos olhos, aos portugueses que, com o

PEC 4, sem o programa de assistência financeira, sem os 78 000 milhões de euros desse pacote de ajuda

externa, Portugal estaria melhor. Tem de dizer aos portugueses que a situação em que estávamos, quando os

senhores estavam no governo — visto que persistem na ideia de que os 78 000 milhões de euros eram

dispensáveis —, era melhor. Diga, olhos nos olhos, e sobretudo, se possível, sem se rir, aos portugueses, que

Portugal estaria melhor.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — No vosso tempo, estes orçamentos eram chamados de

suplementares ou complementares, como bem se lembra. Nós não temos medo das palavras.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — As previsões pioraram e, tendo em conta a necessidade de

fazer um orçamento para cobrir a operação da transferência do fundo de pensões, era o que mais faltava que

este Governo, ao contrário do vosso, recusasse o cenário macroeconómico que evoluiu.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Sr. Deputado, já que os senhores estão dispostos para esta

batalha orçamental, gostava de lhe perguntar que propostas vai o Partido Socialista apresentar para o

Orçamento retificativo.

Há, no entanto, duas, que gostaria desde já de dizer que não vamos nunca apoiar. A primeira refere-se à

inscrição de uma norma no Orçamento retificativo que diga «são criados 150 000 postos de trabalho». Essa

norma não vamos aceitar!

Aplausos do CDS-PP.

Sabe porquê? Porque sabemos que o crescimento não se consegue por decreto.

A outra proposta que não apoiaremos é dizer que Portugal passa a crescer pela mera assinatura do Partido

Socialista.

O Sr. Deputado citou-nos aqui A Queda de um Anjo, de Camilo Castelo Branco, que é um autor que, por

caso, não faz parte das minhas grandes preferências.

O Sr. António Filipe (PCP): — Faz mal!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — Dizia ele que os dias prósperos não vêm por acaso. Pois não.

Vêm depois de muita fadiga e de muito trabalho.

O Sr. Michael Seufert (CDS-PP): — Bem lembrado!

O Sr. Adolfo Mesquita Nunes (CDS-PP): — É para isso que nós aqui estamos e é para isso que

confiamos nos portugueses!

Aplausos do CDS-PP.

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