O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

I SÉRIE — NÚMERO 95

36

disponibilidade dos partidos do consenso europeu é um imperativo, e essa disponibilidade implica abertura da

maioria ao Partido Socialista, mas também do Partido Socialista face à maioria.

Temos a certeza de que nenhuma diferença legítima impedirá aquela que é uma comunhão no essencial.

Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados: Quando, em abril do ano passado, Portugal foi obrigado a pedir

ajuda externa, alguns optaram por fazer uma campanha eleitoral dizendo aos cidadãos que não…

O Sr. António Filipe (PCP): — Que não iam aumentar os impostos!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — … era preciso falar com as instituições que

iam emprestar dinheiro a Portugal. Outros fizeram uma campanha eleitoral dizendo aos portugueses…

O Sr. António Filipe (PCP): — Que não iam cortar nos subsídios!

O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros: — … as causas e as consequências daquela

situação. Eu, em particular — permitam-me uma nota pessoal —, tive bem a consciência de que, tendo visto

três vezes nas últimas décadas o FMI em Portugal, faria tudo o que estivesse ao meu alcance para que esta

fosse a última vez e que nós recuperássemos a nossa autonomia e a nossa liberdade com responsabilidade

financeira.

É exatamente isso que estamos a fazer! É proteger o futuro de Portugal dos erros que cometemos no

passado!

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, a Mesa não regista mais inscrições, pelo que dou por terminado este

debate.

O ponto seguinte da nossa ordem do dia consta do debate conjunto, na generalidade, da proposta de lei n.º

50/XII (1.ª) — Altera a Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, que aprovou o regime jurídico de entrada, permanência,

saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, e dos projetos de lei n.os

206/XII (1.ª) — Aprova o

regime de regularização de cidadãos estrangeiros indocumentados (PCP), 25/XII (1.ª) — Consagra o efeito

suspensivo dos recursos previstos na Lei de Imigração (BE), e 215/XII (1.ª) — Regularização de trabalhadores

imigrantes e menores nascidos em Portugal ou a frequentar o sistema de ensino (BE).

Para introduzir o debate, tem a palavra o Sr. Ministro da Administração Interna.

O Sr. Ministro da Administração Interna (Miguel Macedo): — Sr.ª Presidente, Sr.as

e Srs. Deputados:

Com a presente proposta de lei, o Governo pretende alterar o regime jurídico da denominada lei dos

estrangeiros. E fazemo-lo por dois motivos essenciais: em primeiro lugar, para transpor para o direito interno

cinco diretivas europeias e, em segundo lugar, para tornar a lei mais eficaz contra os crimes associados à

imigração ilegal, bem como para melhorar e consagrar direitos dos cidadãos estrangeiros.

O prazo limite da transposição de três das diretivas está já largamente ultrapassado e a Comissão

Europeia tinha já desencadeado a respetiva ação por incumprimento, estando iminente a aplicação a Portugal

de uma sanção pecuniária no montante de 5 milhões de euros.

Neste contexto, transpõe-se a «diretiva retorno», relativa ao repatriamento de nacionais de Estados

terceiros.

Estamos conscientes que o repatriamento deve ocorrer em condições humanamente dignas e com pleno

respeito pelos direitos fundamentais e dignidade das pessoas.

Neste sentido, reforça-se o princípio da não repulsão, isto é, a proibição de proceder ao repatriamento

quando estejam em causa violações de direitos humanos; em segundo lugar, promove-se a regra do regresso

voluntário de imigrantes ilegais, reforçando e alargando o papel do instituto do abandono voluntário; depois,

atribui-se ao cidadão estrangeiro o benefício de proteção jurídica e serviços de tradução e interpretação nos

casos de impugnação judicial da decisão de expulsão.

Finalmente, consagram-se direitos legais do cidadão estrangeiro detido em centro de instalação,

nomeadamente o direito ao contato com familiares, o direito ao contato com o representante legal e o direito à

Páginas Relacionadas
Página 0003:
13 DE ABRIL DE 2012 3 A Sr.ª Presidente: — Srs. Deputados, temos quórum, pelo que d
Pág.Página 3
Página 0004:
I SÉRIE — NÚMERO 95 4 Os tempos mais recentes mostraram que os equilí
Pág.Página 4
Página 0005:
13 DE ABRIL DE 2012 5 desequilíbrios estruturais, mas é inteiramente compatível com
Pág.Página 5
Página 0006:
I SÉRIE — NÚMERO 95 6 O Sr. António José Seguro (PS): — Segundo: rigo
Pág.Página 6
Página 0007:
13 DE ABRIL DE 2012 7 progresso registado pelos países europeus, o Partido Socialis
Pág.Página 7
Página 0008:
I SÉRIE — NÚMERO 95 8 um passo importante, como disse o Sr. Primeiro-
Pág.Página 8
Página 0009:
13 DE ABRIL DE 2012 9 Aplausos do PSD e do CDS-PP. A Sr.ª Pres
Pág.Página 9
Página 0010:
I SÉRIE — NÚMERO 95 10 espaço europeu. Não! Isto é dizer-nos que, enf
Pág.Página 10
Página 0011:
13 DE ABRIL DE 2012 11 A Sr.ª Ana Drago (BE): — Façam um referendo! O
Pág.Página 11
Página 0012:
I SÉRIE — NÚMERO 95 12 O Sr. Bernardino Soares (PCP): — O que pretend
Pág.Página 12
Página 0013:
13 DE ABRIL DE 2012 13 É caso para perguntar de que têm medo os partidos do pacto d
Pág.Página 13
Página 0014:
I SÉRIE — NÚMERO 95 14 Srs. Deputados, se, porventura, qualquer deste
Pág.Página 14
Página 0015:
13 DE ABRIL DE 2012 15 O Sr. Nuno Magalhães (CDS-PP): — É uma enorme prova de matur
Pág.Página 15
Página 0016:
I SÉRIE — NÚMERO 95 16 desde que exista responsabilidade. E foi isso
Pág.Página 16
Página 0017:
13 DE ABRIL DE 2012 17 É deles a legitimidade, a eles deve ser dada a palavra.
Pág.Página 17
Página 0018:
I SÉRIE — NÚMERO 95 18 O Sr. Honório Novo (PCP): — O pacto orçamental
Pág.Página 18
Página 0019:
13 DE ABRIL DE 2012 19 Neste contexto, Os Verdes consideram que aquilo que seria pr
Pág.Página 19
Página 0020:
I SÉRIE — NÚMERO 95 20 O Sr. Vitalino Canas (PS): — Sr.ª Presidente,
Pág.Página 20
Página 0021:
13 DE ABRIL DE 2012 21 livre manifestação democrática da vontade dos cidadãos. Mais
Pág.Página 21
Página 0022:
I SÉRIE — NÚMERO 95 22 O Sr. Vitalino Canas (PS): — A acusação que de
Pág.Página 22
Página 0023:
13 DE ABRIL DE 2012 23 O Sr. António Rodrigues (PSD): — … que não consiste em algo
Pág.Página 23
Página 0024:
I SÉRIE — NÚMERO 95 24 O Sr. Luís Fazenda (BE): — Ah! Afinal…!
Pág.Página 24
Página 0025:
13 DE ABRIL DE 2012 25 O Sr. Paulo Mota Pinto (PSD): — Sr.ª Presidente, Sr. Primeir
Pág.Página 25
Página 0026:
I SÉRIE — NÚMERO 95 26 Os portugueses sabem hoje, por experiência pró
Pág.Página 26
Página 0027:
13 DE ABRIL DE 2012 27 O primeiro é o de que não é lícito disfarçar objeções políti
Pág.Página 27
Página 0028:
I SÉRIE — NÚMERO 95 28 Aplausos do PSD e do CDS-PP. A Sr
Pág.Página 28
Página 0029:
13 DE ABRIL DE 2012 29 Braga, José Junqueiro e Vitalino Canas, mas ainda bem que as
Pág.Página 29
Página 0030:
I SÉRIE — NÚMERO 95 30 A Sr.ª Ana Drago (BE): — O outro era a
Pág.Página 30
Página 0031:
13 DE ABRIL DE 2012 31 da direita europeia significa apenas, através da governação
Pág.Página 31
Página 0032:
I SÉRIE — NÚMERO 95 32 também, porque compreendemos a realidade polít
Pág.Página 32
Página 0033:
13 DE ABRIL DE 2012 33 O presente Tratado contribuirá em grande medida para a estab
Pág.Página 33
Página 0034:
I SÉRIE — NÚMERO 95 34 O Sr. Ministro de Estado e dos Negócios Estran
Pág.Página 34
Página 0035:
13 DE ABRIL DE 2012 35 e o destino da chamada «regra de ouro» pela primeira vez ins
Pág.Página 35